13 novembro 2025

9M2025: Resultados positivos, de acordo com o esperado. Desenvolvimento de novas infraestruturas em bom ritmo

  • Renováveis abasteceram 70% do consumo de eletricidade nos primeiros nove meses de 2025
  • Resultado líquido de 103,9M€
  • EBITDA de 383,6M€
  • CAPEX com crescimento de +52,5% para 324,6M€

Nos primeiros nove meses de 2025 o EBITDA atingiu 383,6M€, uma diminuição de 1.3% face ao mesmo período do ano anterior.
O resultado líquido atingiu um valor de 103,9M€, um crescimento de 23,4% face ao mesmo período de 2024. Para este valor contribuíram o aumento dos resultados financeiros (+7,0M€), que refletem uma redução da dívida líquida, bem como os efeitos fiscais positivos, que reduziram o valor de impostos (-27,2M€).

O CAPEX manteve a tendência de crescimento, atingindo os 324,6M€ (+52,5% face ao ano anterior). Em paralelo, as transferências para RAB aceleraram para 100,2M€, um crescimento de 54,8%, comparado com mesmo período de 2024.

Os custos operacionais subiram 5,7% para 89,2M€ (+4,8M€), refletindo o aumento dos custos de manutenção (+2,7M€) e dos custos de eletricidade (+0,8M€), bem como o crescimento do número de colaboradores, de 753 para 772 (+3%), reforçando o crescimento das áreas operacionais.

A dívida líquida situou-se nos 2.441,7M€, uma descida de 126,3M€ (-4,9% comparativamente ao valor registado no mesmo período de 2024). Desconsiderando o efeito dos desvios tarifários, a dívida ter-se-ia situado nos 2.367,1M€. O custo médio da dívida reduziu para 2,55% (comparando aos 2,78% registados no mesmo período do ano passado).

Entre janeiro e setembro, o consumo de energia elétrica em Portugal cresceu, tendo sido registado o valor mais elevado de sempre no sistema nacional para este período. Foram consumidos 39,2 TWh, valor que superou em 0,8% o anterior máximo, registado em 2010.

No acumulado dos primeiros nove meses do ano, a produção renovável abasteceu 70% do consumo, com destaque para a hidroelétrica que representou 28%, a eólica 24%, a solar 13% e a biomassa 5%. A produção a gás natural representou 14% do consumo, enquanto os restantes 16% corresponderam a energia importada.

No final de setembro, a REN concluiu a aquisição de um conjunto de ativos de transmissão de eletricidade no Chile à MLP Transmisión S.A., pelo montante total de US$ 67,5 milhões. Esta aquisição ocorre no seguimento da compra da empresa Transmisora de Energía Nacimiento S.A. no passado mês de abril, reforçando a presença da REN no setor de transmissão de eletricidade no Chile.

A Transemel, subsidiária chilena da REN no setor da transmissão elétrica, passou a operar cerca de 423 Kms de linhas de transmissão e 5 subestações. A aquisição foi realizada em conformidade com a disciplina financeira que orienta a atividade da REN, enquadrando-se igualmente no plano estratégico que prevê a execução de aquisições pontuais de ativos.

A 9 de outubro, o Governo apresentou a proposta para o Orçamento de Estado para 2026. Na sequência da apresentação da mesma, destacaram-se duas medidas relevantes que, mediante eventual aprovação, impactariam positivamente a REN.

O Governo, na sequência das decisões mais recentes do Tribunal Constitucional, propôs a eliminação, a partir de 2026, da CESE sobre os ativos do gás.

No setor da eletricidade, é proposta a exclusão, a partir de 2026, dos ativos transferidos para exploração a partir dessa data.
 
A 15 de outubro a ERSE publicou a proposta para as tarifas e preços para a energia elétrica em 2026 e de parâmetros para o período de regulação 2026 a 2029. A REN divulgou a Nota Técnica recebida pela ERSE, mas aguarda a divulgação da proposta final para os parâmetros da regulação, a 15 de dezembro.



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