O consumo de energia elétrica avançou 1,1% em outubro, ou 0,4% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis. No final de outubro a variação acumulada anual situa-se em 2,8%, ou 1,6% com correção da temperatura e número de dias úteis.
Este mês, as precipitações reduzidas prolongaram o período seco, com um índice de hidraulicidade de apenas 0,41 (média histórica igual a 1). Ao contrário, a produção eólica teve condições muito favoráveis com o índice respetivo a situar-se em 1,19(média histórica igual a 1). Desta forma, o conjunto da produção renovável abasteceu 45% do consumo nacional, a produção não renovável 51% e o saldo de trocas com o estrangeiro, que este mês foi importador, os restantes 4%.
O índice de produtibilidade hidroelétrica anual situa-se agora, em 1,15(média histórica igual a 1), enquanto o índice de produtibilidade eólica regista 1,00 (média histórica igual a 1), correspondente exatamente ao regime médio. No período de janeiro a outubro, a produção renovável abasteceu 52% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 23%, eólica com 22%, biomassa com 5% e fotovoltaica com 1,6%. A produção não renovável abasteceu os restantes 48% do consumo, repartido pelo gás natural com 28% e pelo carvão com 20%. O saldo de trocas com o estrangeiro é exportador, equivalendo a cerca de 6% do consumo nacional.
No mercado de gás natural voltou este mês a registar-se uma contração homóloga no consumo, devida à quebra no segmento de produção de energia elétrica, influenciado pela disponibilidade de energia renovável. O consumo registou uma variação de menos 1,2%, com o segmento convencional a crescer 1,4% e o mercado elétrico a contrair 5,9%. No final de outubro, o consumo de gás natural regista uma variação anual negativa de 6,8% face ao verificado no mesmo período do ano anterior, resultado de uma contração de 23% no mercado elétrico e de um crescimento de 4,4% no segmento convencional.