No desenvolvimento de um novo projeto, as equipas multidisciplinares da REN fazem estudos extensivos de avaliação das consequências ambientais, com o objetivo de identificar, descrever e avaliar, de um ponto de vista ambiental e de sustentabilidade, as opções estratégicas e as preocupações biofísicas, sociais e económicas. Estes estudos serão depois complementados e confirmados pelas necessárias avaliações ambientais de viabilização dos projetos.
A REN é uma das empresas que mais contribui para a proteção e recuperação da floresta autóctone em Portugal. Com 66% das nossas faixas de servidão inseridas em espaços florestais, a instalação e manutenção das infraestruturas de transporte, particularmente as linhas elétricas, integradas nessas áreas assumem particular relevância, obrigando a um cuidado permanente.
A acumulação de combustíveis, a falta de adaptação das espécies à estação, as alterações climáticas e a monocultura são fatores que incrementam o risco de incêndio. Por isso, a REN desenvolve ações que visam mitigar estas ocorrências e promover a defesa da floresta contra os incêndios.
A REN tem o equivalente a
mais de 31 mil campos de
futebol em faixas de servidão.
Sendo a REN responsável pela gestão e limpeza de uma área de cerca de 23 mil ha (espaços florestais), em 2023, foi efetuada a gestão da vegetação num total de 11.863 ha, dos quais 10.391 ha em servidões e 1.471 ha, em propriedades próprias das concessões.
Em 2023, procedeu-se à plantação de um total de 47.378 árvores, numa área aproximada de 171 hectares.
A REN recorre a diferentes instrumentos e processos de avaliação ambiental em função das diferentes fases da sua atividade: planeamento, projeto e construção, operação, manutenção e descomissionamento.
Orgulhamo-nos de ser um dos principais promotores nacionais de estudos de impacte ambiental e desenvolvemos inúmeras parcerias com ONGAs, entidades públicas e comunidades locais tendo em vista a preservação dos valores do ambiente e da biodiversidade.
A Avaliação Ambiental Estratégica é um instrumento de política ambiental que pretende assegurar uma avaliação das consequências ambientais de certos planos e programas e sua prévia adoção.
Este instrumento aplica-se a planos e programas públicos cuja implementação possa enquadrar projetos suscetíveis de ter efeitos significativos no ambiente, nomeadamente os sujeitos a Avaliação de impacte ambiental ou em áreas protegidas pelo seu interesse na conservação da biodiversidade.
A REN tem vindo, ao longo da última década, a sujeitar os seus Planos de Investimento e Desenvolvimento da RNT e da RNTGN a Avaliação Ambiental Estratégica (AAE).
A Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) é uma ferramenta de avaliação aplicável a alguns dos projetos de infraestruturas de utilidade pública de que a REN é promotora. O processo AIA é composto por diversas etapas:
Dada a especificidade do setor, a REN elaborou em 2008 um Guia Metodológico para a AIA da Rede Nacional de Transporte de Eletricidade - Linhas Aéreas. Este guia foi elaborado em parceria com a Agência Portuguesa do Ambiente e a Associação Portuguesa de Avaliação de Impactes e constitui um documento de referência para a elaboração de Estudos de Impacte Ambiental deste tipo de infraestruturas e respetivos processos de AIA.
Neste grupo de trabalho participaram diversas entidades, intervenientes no processo de AIA, nomeadamente o Instituto Português de Arqueologia, o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade e as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional.
Com o objetivo de harmonizar os procedimentos e metodologias associados aos processos de AIA, a REN publicou em 2011 outro Guia Metodológico, neste caso para a avaliação de impacte ambiental das subestações da RNT.
A REN assume-se um agente ativo na transição energética e na proteção ambiental, desenvolvendo as infraestruturas de eletricidade e gás com o objetivo de garantir uma progressiva descarbonização de ambos os sectores.
A REN tem vindo a descarbonizar as suas próprias operações, através de diversas iniciativas:
A redução das emissões de metano por parte da REN, foi reconhecida com a atribuição do galardão “Gold Standard”, pela Oil and Gas Methane Partnership. Esta iniciativa é encabeçada pela UNEP (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), em parceria com a Comissão Europeia, o Governo do Reino Unido, o Fundo de Defesa Ambiental e as principais empresas de Oil and Gas.
A Oil and Gas Methane Partnership tem como objetivo a redução das emissões de metano e apoia a criação de um sistema de monitorização, relatório e verificação, para detetar e quantificar com maior precisão as emissões por parte dos operadores do setor.
Os relatórios anuais desta iniciativa, ao exigir que as empresas reportem as suas emissões de todas as fontes de ativos ao longo da cadeia de valor, são os mais exigentes internacionalmente.