O consumo de energia elétrica avançou 3,7% no primeiro semestre do ano, 2,9% com correção de temperatura e dias úteis, face ao período homólogo. Já em junho, o consumo de energia elétrica registou uma evolução homóloga de -2,2%. Esta variação negativa resulta fundamentalmente do consumo elevado registado em junho do ano anterior, devido ao efeito das temperaturas acima da média então registadas, e que não se repetiram este ano. Com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis regista-se um ligeiro crescimento de 0,2%
Este mês, as condições hidrológicas voltaram a ser favoráveis, com um índice de hidraulicidade de 1,58 (média histórica igual a 1). Pelo contrário, na produção eólica, as condições foram negativas com o índice de produtibilidade respetivo a registar 0,92(média histórica igual a 1). No conjunto, a produção renovável abasteceu 44% do consumo nacional mais saldo exportador. O saldo de trocas com o estrangeiro voltou este mês a ser exportador equivalendo a cerca de 12% do consumo nacional.
Produção renovável abaste 60% do consumo no semestre
No final de semestre, o índice de produtibilidade hidroelétrica situa-se em 1,15 (média histórica igual a 1), enquanto o índice de produtibilidade eólica regista 1,08 (média histórica igual a 1). Neste semestre, a produção renovável abasteceu 60% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 28%, eólica com 26%, biomassa com 5% e fotovoltaica com 1,4%. A produção não renovável abasteceu os restantes 40% do consumo, repartido pelo gás natural com 23% e pelo carvão com 17%. Nas trocas com o estrangeiro regista-se um saldo exportador equivalente a 6% do consumo nacional.
No mercado de gás natural, manteve-se em junho a tendência de redução do consumo, devido ao desempenho da produção renovável, e consequente retração no consumo de gás natural para produção de energia elétrica. Neste segmento registou-se uma variação homóloga de menos 20%, enquanto no segmento convencional a variação homóloga foi de mais 8,5%. No primeiro semestre, o consumo de gás natural apresenta uma variação de menos 8,1% face ao verificado no mesmo período do ano anterior, resultado de uma contração de 31% no mercado elétrico, parcialmente compensada por um crescimento de 4,9% no segmento convencional.