O consumo de energia elétrica registou uma recuperação durante o mês de julho, face ao que se tem verificado nos últimos meses, ficando em linha com o registado no mesmo mês do ano anterior, com uma variação nula. No entanto, considerando a correção dos efeitos de dias úteis e temperatura, que esteve acima dos valores normais, registou-se uma variação negativa de 3,5%, ainda assim uma queda inferior às verificadas desde abril. O acumulado do ano regista agora uma variação negativa de 4,3%, ou 5,0% com correção de temperatura e dias úteis, tratando-se, para este período, do consumo mais baixo desde 2005.
Ainda em julho, o índice de produtibilidade hidroelétrico situou-se em 0,65 (média histórica igual a 1), enquanto o produtibilidade eólica, registou 0,86 (média histórica igual a 1). A produção renovável abasteceu 35% do consumo nacional, a produção não renovável 48%, enquanto os restantes 17% foram abastecidos com energia importada.
No período de janeiro a julho, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 0,94 (média histórica igual a 1), enquanto o de produtibilidade eólica registou 0,86 (média histórica igual a 1). No mesmo período, a produção renovável abasteceu 60% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 28%, eólica com 23%, biomassa com 7% e fotovoltaica com 2,6%. A produção não renovável abasteceu 32% do consumo, praticamente apenas com gás natural, mantendo-se o carvão com produção reduzida, representando menos de 1% do consumo. O saldo de trocas com o estrangeiro é equivalente a cerca de 8% do consumo nacional.
No mercado de gás natural verificou-se, também, uma recuperação face aos registos dos últimos meses, com uma quebra homóloga de 2%, resultado de uma variação negativa de 6,2% no segmento convencional e positiva de 2,9% no segmento de produção de energia elétrica.
No acumulado do ano, o consumo acumulado anual registou uma contração de 4,8%, com o segmento convencional a apresentar uma variação negativa de 9% e o segmento de produção de energia elétrica a avançar 4,4%.