O consumo de energia cresceu 2,5% em agosto, face ao homólogo, impulsionado pelo efeito das temperaturas acima dos valores médios. No final de agosto, a variação acumulada anual situou-se em 2,8%, ou 1,8% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
Ainda em agosto, as condições hidrológicas mantiveram-se favoráveis, com um índice de hidraulicidade de 2,18 (média histórica igual a 1), embora este valor não tenha muita relevância devido às afluências necessariamente pouco significativas em agosto. A produção eólica, registou valores inferiores aos normais para o mês, com o índice de produtibilidade respetivo a situar-se em 0,89 (média histórica igual a 1). No conjunto, a produção renovável abasteceu 38% do consumo nacional mais saldo exportador. O saldo de trocas com o estrangeiro mantém-se exportador, equivalendo em agosto a cerca de 8% do consumo nacional.
No final de agosto, o índice de produtibilidade hidroelétrica anual situou-se em 1,19 (média histórica igual a 1) enquanto o índice de produtibilidade eólica registou 1,01 (média histórica igual a 1), um valor praticamente em linha com os valores médios. No período de janeiro a agosto, a produção renovável abasteceu 54% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 25%, eólica com 23%, biomassa com 5% e fotovoltaica com 1,6%. A produção não renovável abasteceu os restantes 46% do consumo, repartido pelo gás natural com 26% e pelo carvão com 19%. O saldo de trocas com o estrangeiro foi exportador, equivalendo a 7% do consumo nacional.
No mercado de gás natural, manteve-se a tendência de redução do consumo, devido à quebra no segmento de produção de energia elétrica, resultado da maior disponibilidade de energia renovável verificada este ano . Em agosto o consumo total registou uma variação de menos 12,6%, com uma contração de 27% no mercado elétrico e um crescimento de 2,9% no mercado convencional. Desde o início do ano, o consumo de gás natural regista uma variação anual de menos 8,3%, face ao verificado no mesmo período do ano anterior, resultado da contração de 28% no mercado elétrico, parcialmente compensada pela evolução positiva de 5% no segmento convencional.