O consumo nacional de gás natural registou, em junho, um crescimento homólogo de 9,3%, impulsionado pelo segmento de produção de energia elétrica, que registou, em junho, uma variação homóloga de 26%, contrariando a ligeira quebra de 0,5% verificada no segmento convencional.
No primeiro semestre, o consumo de gás natural registou uma variação homóloga de 3,0%, resultado de crescimentos de 8,6% no mercado elétrico e de 1% no mercado convencional.
Em junho, o consumo de energia elétrica contraiu 2% face ao mês homólogo do ano anterior. Com correção dos efeitos de temperatura e dias úteis a queda atenua-se para 0,2%, praticamente em linha com o valor verificado no mesmo mês do ano anterior. No final do primeiro semestre, o consumo registou uma quebra homóloga de 2,2%, ou 1% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
As afluências mantiveram-se particularmente reduzidas, com um índice de produtibilidade hidroelétrica de apenas 0,38 (média histórica igual a 1). Na produção eólica, com condições ligeiramente acima do regime médio, o índice de produtibilidade respetivo situou-se em 1,03 (média histórica igual a 1). Em junho, a produção renovável abasteceu 35% do consumo nacional, a produção não renovável 57%, enquanto os restantes 8% foram abastecidos com recurso a importação.
O índice de produtibilidade hidroelétrica para o primeiro semestre situou-se em 0,56 (média histórica igual a 1), enquanto o de produtibilidade eólica está próximo do valor médio, registando 0,98 (média histórica igual a 1). Neste período, a produção renovável abasteceu 48% do consumo, repartido pela eólica com 26%, hidroelétrica 15%, biomassa 5% e fotovoltaica 2%. A produção não renovável abasteceu 41% do consumo, repartido pelo gás natural com 27% e pelo carvão com 14%. O saldo importador abasteceu cerca de 11% do consumo.