O consumo de gás natural registou um crescimento de 3,3% em agosto, face ao período homólogo. Este crescimento foi suportado pelo segmento de produção de energia elétrica, resultado da elevada utilização das centrais a gás natural. Neste segmento, registou-se uma variação homóloga de 6,7%, enquanto no segmento convencional a variação foi de 0,5%.
Nos primeiros oito meses do ano, o consumo de gás natural registou uma variação anual homóloga de 3,2%, com crescimentos de 9,2% no mercado elétrico e de 0,5% no mercado convencional.
Em agosto, o consumo de energia elétrica registou uma quebra de 4% face ao mesmo mês do ano anterior, devido ao efeito das temperaturas, que este ano estiveram próximas dos valores médios para este mês, ao contrário do ano anterior em que ficaram muito acima dos valores normais. Com correção dos efeitos de temperatura e dias úteis a queda foi de 0,7%. O consumo acumulado anual registou no final deste mês uma quebra homóloga de 2%, ou 0,8% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
A produção renovável abasteceu 40% do consumo nacional em agosto, enquanto a produção não renovável 45%. Os restantes 15% foram abastecidos com recurso a importação.
O índice de produtibilidade hidroelétrica para os primeiros 8 meses do ano situou-se em 0,59 (média histórica igual a 1), traduzindo o regime muito seco que se tem verificado, enquanto o de produtibilidade eólica registou 0,97 (média histórica igual a 1), ligeiramente abaixo do regime médio. No mesmo período a produção repartiu-se de forma semelhante pelas fontes renováveis e não renováveis, com cerca de 45% cada, sendo os restantes 10% abastecidos com recurso a importação. Nas renováveis, as eólicas abasteceram 24% do consumo, as hidroelétricas 14%, a biomassa 5% e as fotovoltaicas 2,3%. Nas não renováveis o gás natural abasteceu 31% e o carvão 13%.