O consumo de gás natural em Portugal cresceu 13,3% em setembro, face ao período homólogo. Registaram-se crescimentos tanto no segmento de produção de energia elétrica, com 19,5%, como no segmento convencional, que engloba os restantes consumos, com 8,4%.
No consumo acumulado do ano, o registo é negativo em 1,5%, com o segmento convencional a apresentar uma variação negativa de 6%, enquanto o segmento de produção de energia elétrica ganhou 6,9%.
Em setembro, o consumo de energia elétrica voltou a ficar muito próximo do verificado no mesmo do ano anterior, tal como tinha acontecido em agosto, com uma queda de 0,2%, ou 1,6% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis. A evolução anual registou, no final de setembro, uma variação negativa de 3,5%, ou menos 4,2%, com correção de temperatura e dias úteis.
Em setembro, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 1,42 (média histórica igual a 1), um valor muito acima da média mas com significado limitado devido aos valores ainda baixos, característicos desta altura do ano. O índice de produtibilidade eólica também ficou acima do regime médio registando 1,07 (média histórica igual a 1). A produção renovável abasteceu 40% do consumo (incluindo saldo exportador) e a não renovável os restantes 60%.
No final dos primeiros nove meses do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica anual situou-se em 0,97 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade eólica em 0,89 (média histórica igual a 1). Neste período, a produção renovável abasteceu 56% do consumo, repartido pela hidroelétrica com 24%, eólica com 22%, biomassa com 7% e fotovoltaica com 3%. A produção não renovável abasteceu 38% do consumo, fundamentalmente com gás natural, representando o carvão cerca de 3% do consumo. O saldo de trocas com o estrangeiro abasteceu os restantes 6% do consumo nacional.