Em julho, o efeito das temperaturas abaixo dos valores normais para esta altura do ano, levou o consumo de energia elétrica a registar, pelo segundo mês consecutivo, uma evolução homóloga negativa, agora com menos 0,8%. No final de julho, a variação acumulada anual situa-se em 2,9%, valor que se reduz para +2,1% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
Já as condições hidrológicas mantiveram-se favoráveis, com um índice de hidraulicidade de 1,76 (média histórica igual a 1). Na produção eólica, pelo contrário, as condições foram negativas com o índice de produtibilidade respetivo a registar 0,71 (média histórica igual a 1), o valor mais baixo dos registos da REN (desde 2001), para o mês de julho. No conjunto, a produção renovável abasteceu 38% do consumo nacional mais saldo exportador. O saldo de trocas com o estrangeiro continua exportador equivalendo este mês a cerca de 14% do consumo nacional.
Desde o início do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica anual situa-se em 1,17 (média histórica igual a 1) enquanto o índice de produtibilidade eólica regista 1,03(média histórica igual a 1). No período de janeiro a julho, a produção renovável abasteceu 57% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 27%, eólica com 23%, biomassa com 5% e fotovoltaica com 1,5%. A produção não renovável abasteceu os restantes 43% do consumo, repartido pelo gás natural com 25% e pelo carvão com 18%. O saldo de trocas com o estrangeiro é exportador, equivalendo a 7% do consumo nacional.
O mercado de gás natural, continuou, em julho, a registar uma tendência de redução do consumo, devido à quebra no segmento de produção de energia elétrica. O consumo total registou uma variação de menos 4,9%, apesar do crescimento de 7,5% no segmento convencional. No período de janeiro a julho, o consumo de gás natural regista uma variação de menos 7,6% face ao verificado no mesmo período do ano anterior, resultado de uma contração de 28% no mercado elétrico, provocada pela maior disponibilidade, este ano, de fontes renováveis. O segmento convencional regista uma evolução sólida de 5,3%.