06 janeiro 2020

Produção renovável abastece 51% do consumo em 2019

A produção renovável abasteceu 51% do consumo  nacional em 2019, com a eólica a representar 27% do consumo, a quota mais elevada de sempre para esta tecnologia,  a hidroelétrica 17%, a biomassa 5,5% e a fotovoltaica 2,1%. 

A fotovoltaica foi a fonte que apresentou maior crescimento em 2019, ultrapassando pela primeira vez 1 TWh de produção anual. A produção não renovável abasteceu 42% do consumo, repartida pelo gás natural com 32% e pelo carvão com 10%, tratando-se da quota mais baixa do carvão desde a entrada em serviço pleno da central de Sines em 1989. O saldo de trocas com o estrangeiro, após três anos exportadores, foi importador, abastecendo 7% do consumo nacional.

Já a produção não renovável, abasteceu 42% do consumo em 2019, repartida pelo gás natural com 32% e pelo carvão com 10%, a quota mais baixa do carvão desde a entrada em serviço pleno da central de Sines em 1989. O saldo de trocas com o estrangeiro, após três anos exportadores, foi importador, abastecendo 7% do consumo nacional.

Ainda em 2019, apesar da recuperação nos últimos dois meses. o índice de produtibilidade hidroelétrica anual situou-se em 0,81, enquanto o índice de produtibilidade eólica registou 1,05.

Em dezembro, o consumo de energia elétrica registou uma evolução homóloga positiva, com um crescimento de 2,0%, ou 2,7% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis. Em 2019 o consumo totalizou 50,3 TWh, com uma variação de -1,1% face ao valor verificado no ano anterior. Considerando os efeitos da temperatura e número de dias úteis, a variação é de -0,2%, praticamente em linha com o valor do ano anterior. O consumo registado este ano fica 3,6% abaixo do máximo registado em 2010.

As afluências aos aproveitamentos hidroelétricos tiveram em dezembro um mês positivo, com o índice de produtibilidade respetivo a atingir 1,77. Na produção eólica, também com condições positivas, o índice de produtibilidade registou 1,13. A conjugação destes fatores permitiu que entre o dia 18 e 23 de dezembro se verificasse um período de 131 horas consecutivas, o mais longo de sempre, com a produção renovável a ultrapassar o consumo. Em dezembro, o conjunto da produção renovável abasteceu 76% do consumo nacional (incluindo saldo exportador) e a produção não renovável os restantes 24%. O  saldo de trocas com o estrangeiro, exportador foi particularmente elevado este mês, equivalendo a 19% do consumo nacional.

No mercado de gás natural registou-se em dezembro uma evolução positiva de 7%, com o segmento convencional a registar uma quebra homóloga de 3,2%,  compensado pelo crescimento do segmento de produção de energia elétrica a gás que apresentou um crescimento homólogo de 46%, resultado da competitividade da produção a gás natural face ao carvão. 

Em 2019, o consumo de gás natural totalizou 67,9 TWh,  com uma variação anual de 4,8%. Trata-se do segundo consumo anual mais elevado de sempre, 2,5% abaixo do máximo, registado em 2017. No segmento do mercado elétrico, que representou 35% do consumo total, registou-se um crescimento de 4,8% face ao ano anterior, enquanto no segmento convencional se verificou uma tendência de estabilização  com um crescimento marginal de 0,2%.



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