O consumo de gás natural em Portugal atingiu um novo máximo histórico em janeiro, com 6752 GWh, um crescimento de 7,2% face ao período homólogo.
O segmento convencional ficou em linha com o verificado no mesmo mês do ano anterior, mas o segmento de produção de energia elétrica, a beneficiar das condições competitivas do gás natural face ao carvão, cresceu 64%. No dia 24 de janeiro registou-se igualmente um novo máximo histórico no consumo diário, com 267 GWh, ultrapassando os anteriores 263 GWh registados em 5 de dezembro de 2017.
Já o consumo de energia elétrica registou, em janeiro, um crescimento de 0,9%, ou 2.7% corrigido dos efeitos da temperatura e número de dias úteis, face ao período homólogo.
As afluências aos aproveitamentos hidroelétricos estiveram perto dos valores normais para este mês, com o índice de produtibilidade respetivo a situar-se em 1,03 (média histórica igual a 1). Também nas eólicas se verificou um regime próximo do médio com o índice de produtibilidade eólico a registar 0,99. Desta forma, a produção renovável abasteceu 67% do consumo nacional (incluindo saldo exportador), repartida por hídrica com 36%, eólica com 24%, biomassa 5% e fotovoltaica 1,2%, a produção não renovável 33%, repartida por gás natural com 31% e carvão que mantém uma utilização residual com 2%. O saldo de trocas com o estrangeiro foi exportador, equivalendo a cerca de 10% do consumo nacional.