03 maio 2023

Consumo de energia elétrica recua em abril com temperaturas acima do normal

O consumo de energia elétrica recuou 5,6% em abril, face ao período homólogo, influenciado pelas temperaturas registadas, muito acima dos valores normais para esta época do ano. Com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis, a variação é negativa em 2,8%. Em termos anuais, a variação é ligeiramente positiva, 0,3%, o mesmo valor com correção da temperatura e dias úteis.

Em abril, as condições meteorológicas mantiveram-se negativas para as energias renováveis, com exceção da fotovoltaica. O índice de produtibilidade eólico registou 0,80 (média histórica igual a 1), enquanto o hidroelétrico registou 0,34, o segundo registo mais baixo para o mês de abril, só batido pelo registado em 1993 (dados REN desde 1971). Já o índice de produtibilidade eólico registou 1,30, o índice mais elevado de sempre para o mês de abril (dados REN desde 2010). 

A produção renovável abasteceu 49% do consumo, a não renovável 15%, enquanto os restantes 36% corresponderam a energia importada.

Nos 4 primeiros meses do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 0,83, o de produtibilidade eólica em 0,90 e o de produtibilidade solar em 1,19. Neste período, a produção renovável abasteceu 67% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 29%, eólica com 26%, e fotovoltaica e biomassa ambas com 6%. A produção a gás natural abasteceu 18% do consumo, enquanto os restantes 15% a corresponderam ao saldo importador.

Já o mercado de gás natural recuou 25% em abril. Esta variação foi mais acentuada no segmento de produção de energia elétrica (com uma quebra homóloga de 52%), enquanto no segmento convencional o recuo foi de 9,3%. No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 21%, repartido por uma queda de 5,4% no segmento convencional e de 42% no segmento de produção de energia elétrica.

O aprovisionamento do sistema nacional foi efetuado praticamente a 100% a partir do terminal de GNL de Sines. Além do abastecimento do sistema nacional, foi ainda exportado para Espanha, através do gasoduto, cerca de 1 TWh de gás natural, o valor mensal exportado mais elevado de sempre.



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