03 junho 2022

Importação de energia elétrica atinge valor mais alto de sempre até maio

No acumulado do ano, o consumo de energia elétrica cresceu 2,7%, ou 3,0% com correção da temperatura e dias úteis. O índice de produtibilidade hidroelétrica registou 0,35 (média histórica igual a 1), o de produtibilidade eólica 0,95 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade solar 1,06 (média histórica igual a 1). Apesar do muito reduzido valor de hidraulicidade, a produção renovável abasteceu 49% do consumo de energia elétrica entre janeiro e maio, repartida pela eólica com 26%, hidroelétrica com 12%, biomassa com 7% e fotovoltaica com 5%. A produção a gás natural abasteceu 30% do consumo, com os restantes 21% a corresponderem ao saldo importador.
 
A importação de energia elétrica, nos primeiros cinco meses do ano, atingiu o valor mais elevado de sempre registado no sistema elétrico nacional, com 4402 GWh, face aos anteriores 4203 GWh registados no mesmo período de 2008.
 
O consumo de energia elétrica manteve, em maio, a tendência de crescimento dos últimos meses, registando uma variação mensal homóloga de 2,9%, ou de 1,9%, com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis. Ainda neste período, o regime hidroelétrico manteve-se seco, com um índice de 0,42 (média histórica igual a 1), tendo o regime eólico, também, apresentado um valor abaixo da média histórica (0,88). Apenas o regime fotovoltaico ficou acima dos valores médios, registando 1,05 (média histórica igual a 1). Ainda em maio, a produção renovável abasteceu 45% do consumo, a não renovável 33%, enquanto os restantes 22% corresponderam a energia importada. 
  
No mercado de gás natural, registou-se em maio um crescimento de 3,2%, resultado de uma quebra de 22% no mercado convencional, compensada pela subida no segmento de produção de energia elétrica, que registou um aumento homólogo de cerca de 70%. O abastecimento foi efetuado integralmente a partir do terminal de GNL de Sines, mantendo-se exportações através da interligação com Espanha, que representaram este mês cerca de 16% do consumo nacional.
 
No período de janeiro a maio, o consumo acumulado anual de gás natural esteve praticamente em linha com o verificado no mesmo período do ano anterior, registando um crescimento global de 0,2%, resultado de uma quebra de 23% no segmento convencional e de um crescimento de 67% no segmento de produção de energia elétrica.




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