O consumo de energia elétrica atingiu os 5,0 TWh em janeiro, que passou a ser o valor mensal mais elevado de sempre registado no sistema nacional. Face ao mês homólogo do ano anterior, o consumo registou um crescimento de 2,1%, que se reduz para 1,6% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
As condições meteorológicas foram favoráveis tanto para a produção hidroelétrica como para a eólica, com os índices de produtibilidade a registarem 1,22 (média histórica igual a 1) e 1,27 respetivamente. Nas fotovoltaicas, o índice respetivo registou 0,81, mas, ainda assim, com uma variação homóloga de 38%, face ao aumento consistente da capacidade instalada. No conjunto, a produção renovável abasteceu 76% do consumo, com a eólica a representar 35%, a hidroelétrica 30%, a fotovoltaica 6% e a biomassa 5%.
A produção não-renovável, através das centrais a gás natural, abasteceu 14% do consumo enquanto os restantes 10% foram abastecidos através de energia importada.
No mercado de gás natural, o consumo ficou praticamente em linha com o registado no mês homólogo do ano anterior, com uma ligeira quebra de 0,5%, resultado de um crescimento de 10% no segmento de produção de energia elétrica, que quase compensou a contração de 4,3% no segmento convencional que abrange os restantes consumidores.
O sistema nacional mantém o aprovisionamento quase integralmente a partir do terminal de GNL de Sines, com gás proveniente em cerca de 70% da Nigéria e o restante dos EUA.