05 abril 2021

Portugal bate recorde histórico de exportação de gás natural em março

O Sistema Nacional atingiu um novo máximo mensal de exportação de gás natural em março, com 828 GWh, face os 505 GWh atingidos em abril de 2020,  e também o maior valor diário de sempre com 47,7 GWh, no dia 24, que compara com os anteriores 42 GWh de 21 de janeiro de 2020. Neste período o sistema nacional foi abastecido fundamentalmente a partir do Terminal de GNL de Sines.

Já ao nível do consumo, no mercado de gás natural registou-se em março uma variação homóloga negativa de 6,2%, devido a quebra no segmento de produção de energia elétrica que registou uma contração homóloga de 23%, devido à maior disponibilidade, este ano, de energia renovável. O segmento convencional manteve o mesmo valor do período homólogo.

No final do trimestre, o consumo acumulado anual de gás natural registou uma variação negativa de 14%, com um crescimento de 1,6% no segmento convencional e uma contração de 45% no segmento de produção de energia elétrica. 

O consumo de energia elétrica registou uma variação homóloga negativa de 1,7%, ou 2,2% com correção de temperatura e número de dias úteis, em março. No final do trimestre a evolução é igualmente negativa, com um recuo de 0,5% ou 1,6% considerando a correção dos efeitos de temperatura e dias úteis.

Ainda em março,  o índice de produtibilidade hidroelétrica ficou muito próximo do valor médio, com 1,03 (média histórica igual a 1). Na produção eólica as condições foram particularmente desfavoráveis com o índice respetivo a registar 0,80 (média histórica igual a 1). A produção renovável abasteceu 78% do consumo (incluindo saldo exportador) e a não renovável os restantes 22%. O saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.

No período de janeiro a março, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 1,28 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade eólica em 1,02 (média histórica igual a 1). Neste período, a produção renovável abasteceu 79% do consumo (incluindo saldo exportador), repartida pela hidroelétrica com 42%, eólica com 29%, biomassa com 6% e fotovoltaica com 2%. A fotovoltaica, embora sem ter ainda uma quota muito significativa, continua a crescer atingindo este mês, no dia 21, a maior ponta de sempre com 750 MW. A produção não renovável, fundamentalmente a partir de gás natural, abasteceu os restantes 21% do consumo. O carvão representou menos de 2%. O saldo de trocas com o estrangeiro, exportador, equivaleu a cerca de 4% do consumo nacional.








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