REN certifica infraestruturas de gás para receber hidrogénio

A REN – Redes Energéticas Nacionais já investiu 5 milhões de euros no Programa de Conformidade de Ativos, no quadro do Programa H2REN, para certificar as infraestruturas de transporte, armazenamento e distribuição de gás para veicular hidrogénio.

O objetivo é conseguir esta certificação para injeções até 10% de hidrogénio misturado com gás natural na Rede Nacional de Transporte de Gás (RNTG) e Armazenamento Subterrâneo do Carriço (AS Carriço) e até 20% na Rede de Distribuição operada pela REN Portgás até final deste este ano. Até final de 2024, pretende-se alcançar a certificação para alcançar a veiculação de 100% nestas infraestruturas.

O Programa de Conformidade de Ativos da REN cria condições para o cumprimento das metas de política energética do Governo português, nomeadamente a nível do hidrogénio verde. A certificação é mais um passo para incorporar gases renováveis na rede de gás nacional, em particular o hidrogénio que, contrariamente ao biometano, carece de adaptações adicionais nas infraestruturas.

Esta operação contempla a realização de um conjunto de estudos técnicos iniciados em 2022. O programa implicou, para já, a contratação de mais de uma dezena de parceiros técnicos especializados. Inclui o desenvolvimento de sistemas e especificações técnicas para injeção de hidrogénio na rede, bem como a análise da conformidade das infraestruturas e adaptação da operação e dos processos de engenharia da infraestruturas de gás operadas pelo Grupo REN.

Os trabalhos estão a ser acompanhados e avaliados por uma entidade certificadora independente. Através deste programa, a REN tem sistematizado as adaptações e investimentos necessários nas infraestruturas de transporte, armazenamento subterrâneo e distribuição de gás para receberem hidrogénio, aspeto crítico para dar cumprimento ao processo de descarbonização do setor do gás e essencial para o sucesso, competitividade e futuro dos sistemas energéticos.

O Programa de Conformidade de Ativos da REN suporta tecnicamente os investimentos constantes nos planos de investimento e submetidos à Direção de Geral de Energia e Geologia (DGEG) e avaliados pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e visam garantir as condições de qualidade e segurança necessárias à operação de sistema gás com incorporação de hidrogénio.