04 agosto 2021

Renováveis abastecem 52% do consumo que recua com temperaturas abaixo do normal em julho

O consumo de energia elétrica recuou 3,2% em julho, face ao período homólogo, penalizado por temperaturas abaixo do normal para a época.  Com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis registou-se um crescimento homólogo de 0,5%. Nos primeiros 7 meses do ano, o consumo cresceu, face ao mesmo período do ano anterior, 2,2%, ou 3,0%  com correção dos efeitos de temperatura e dias úteis, registando, no entanto, uma quebra de 2,2% face ao mesmo período de 2019.

Este mês, as condições para a produção renovável foram favoráveis, com  os índices de produtibilidade hidroelétrica e eólica a registarem, respetivamente, 1,63 e 1,12 (média histórica igual a 1). No caso da das hídricas, no entanto, tratando-se de um período de verão, o valor é sempre pouco significativo.  O conjunto da produção renovável abasteceu 52% do consumo, a não renovável abasteceu 34%, enquanto o saldo importador assegurou os restantes 14%.

No período de janeiro a julho, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 1,13 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade eólica em 0,99 (média histórica igual a 1). A produção renovável abasteceu 66% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 30%, eólica com 26%, biomassa com 7% e fotovoltaica, que ultrapassou pela primeira vez os 200 GWh de produção mensal, com 3,3%. A produção não renovável abasteceu 30% do consumo, repartida por gás natural com 28% e carvão com 2%. Os restantes 4% corresponderam a energia importada.

No mercado de gás natural registou-se, em julho, um recuo de 18% face ao período homólogo, a refletir a queda de 36% no mercado de produção de energia elétrica, este ano com maior disponibilidade de energia renovável, enquanto o segmento convencional contraiu 0,5%.

No final dos primeiros 7 meses do ano, o consumo de gás natural registou uma evolução positiva de 1%, com um crescimento de 7,6% no segmento convencional a compensar a redução de 11,5% no mercado elétrico.  Relativamente ao mesmo período de  2019, registou-se agora uma quebra de cerca de 4%.





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