05 dezembro 2023

Renováveis abastecem 87% da eletricidade consumida em novembro em Portugal

A produção renovável abasteceu 87% da energia elétrica consumida em Portugal durante o mês de novembro. A produção não renovável abasteceu 13%, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi ligeiramente exportador, equivalendo a cerca de dois por cento do consumo nacional.

Em novembro, o consumo de energia elétrica voltou a registar uma evolução positiva, com uma subida homóloga de 3,5%, ou de 3,3% com correção dos efeitos de temperatura e dias úteis. No período de janeiro a novembro o consumo registou uma evolução homóloga marginalmente positiva, 0,2%, ou 0,1% com correção da temperatura e dias úteis.

Em novembro, as condições voltaram a ser favoráveis para as produções hidroelétrica e eólica. No caso da hidroelétrica o índice de produtibilidade foi de 2,02 (média histórica de 1), tratando-se do terceiro valor mais elevado dos registos da REN para este mês (registos desde 1971). Ainda nas hidráulicas, registou-se no dia 5 de novembro um novo máximo histórico na potência entregue à rede, 6719 MW, acima dos 6569 MW de janeiro deste ano. Na energia eólica o índice mensal situou-se em 1,04 enquanto na fotovoltaica se situou em 0,92.

Ao fim de 11 meses, os índices de produtibilidade associados às energias renováveis estão próximos dos valores médios, com o de energia hidráulica a registar 0,98 e os de eólica e solar ambos 1,01. Desde o início do ano até ao final de novembro, a produção renovável abasteceu cerca de 59% do consumo, repartida pela eólica com 25%, hidroelétrica com 21%, fotovoltaica com 7% e biomassa com 6%. A produção a gás natural abasteceu 20% do consumo e o saldo importador assegurou igualmente 20%.

No mercado de gás natural mantém-se a tendência de queda, com uma variação homóloga global, este mês, de menos 31%. No segmento do mercado elétrico, condicionado pela maior disponibilidade de energia renovável este ano, registou-se uma descida homóloga de 64%, enquanto no segmento convencional, que compreende os restantes clientes, se registou também uma variação homóloga negativa com menos 2,2%.

No final de novembro, o consumo de gás natural regista agora uma variação homóloga anual negativa de 21%, com menos 42% no segmento de produção de energia elétrica e menos 4,1% no segmento convencional. No segmento convencional trata-se mesmo do consumo mais baixo desde 2009.



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