A REN - Redes Energéticas Nacionais, em parceria com a Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC) e a Cooperativa Portuguesa do Medronho (CPM) publicaram o Manual do Medronho. Um livro que divulga as potencialidades desta espécie enquanto fruto com elevado potencial na indústria agroalimentar, na cosmética e como medicinal ou ornamental.
Esta é a segunda edição de um Manual que mostra aos produtores e proprietários de terrenos agrícolas a caraterização da planta e a sua cultura, abrangendo a instalação, manutenção, práticas culturais e colheita do fruto.
Para João Gaspar, responsável da área de Servidões e Património da REN, este Manual é uma ferramenta importante para os proprietários dos terrenos que contatamos, para promoção de uma espécie que incluímos na gestão da vegetação existente nos corredores das linhas de transporte de energia, de forma a alongarmos os períodos de manutenção e possibilitar um maior rendimento aos proprietários dos terrenos'. Para além destas vantagens, 'promovemos, ao mesmo tempo, a defesa da floresta contra incêndios', salienta ainda.
Para Carlos Fonseca, Presidente da CPM, 'esta obra é oportuna e fundamental. Oportuna porque a procura de informações sobre a cultura do medronheiro é crescente em Portugal e esta obra vem colmatar esta lacuna. Fundamental porque neste Manual estão condensados os conhecimentos atuais sobre a cultura do medronheiro, tendo um cariz eminentemente técnico e de campo, como resultado da parceria profícua entre a Academia, a CPM e os produtores de medronho de todo o país'.
Para Filomena Gomes, da ESAC, 'este Manual é um marco do estudo da cultura e divulgação do conhecimento. Graças ao apoio financeiro obtido através de projetos (ProDeR; FCT) e à interação entre equipas de I&D e produtores (Associações) foi possível responder às primeiras necessidades dos produtores e dos técnicos. No entanto, há ainda um longo caminho a percorrer, para responder aos ambientes diversos da cultura e ao seu potencial de transformação e valorização'.
O Manual do Medronho surge ainda da interação que tem existido entre a REN, a CPM, a ESAC, várias instituições de I&D, associações e empresas à volta da Fileira do Medronho.