Consumo de energia elétrica aumenta 3,1% em fevereiro

O consumo de energia elétrica registou um crescimento homólogo de 3,1% em fevereiro, que se reduz para 1,0% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis. A evolução anual registou um crescimento de 3,7%, ou 2,4% com correção da temperatura e dias úteis.
 
O índice de produtibilidade hidroelétrica foi de 0,59 (média histórica igual a 1) em fevereiro, o de produtibilidade eólica 0,9, enquanto que na produção fotovoltaica se registou um índice mais favorável, com 1,10. De referir que a produção fotovoltaica atingiu pontas diárias próximas dos 1500 MW, quase 500 MW acima do que se registava no período homólogo do ano anterior. 
 
Em fevereiro,  a produção renovável abasteceu 66% do consumo, a não renovável 31%, enquanto os restantes 3% foram abastecidos com recurso a energia importada. No dia 26 de fevereiro atingiu-se o saldo importador diário mais elevado de sempre com 81 GWh (58% do consumo nacional nesse dia).
 
No período de janeiro e fevereiro, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 1,08, o de produtibilidade eólica em 0,98 e o de produtibilidade solar em 1,14. Nestes dois meses, a produção renovável abasteceu 79% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 41%, eólica com 28%, biomassa com 6% e fotovoltaica com 4%. A produção a gás natural abasteceu os restantes 21% do consumo, enquanto que o saldo de trocas com o estrangeiro foi exportador, mas com um valor muito reduzido. 
 
No mercado de gás natural registou-se em fevereiro um recuo homólogo de 1,6%, resultado de uma contração de 10,2% no segmento convencional, atenuada pelo comportamento positivo do segmento de produção de energia elétrica, que registou um crescimento homólogo de 9,9%. O abastecimento foi efetuado predominantemente a partir do terminal de GNL de Sines, 80% do total, com os restantes 20% provenientes da interligação com Espanha.
 
No final de fevereiro, o consumo acumulado anual de gás natural registou uma variação negativa de 17%, com um recuo de 6% no segmento convencional e uma queda de 31% no segmento de produção de energia elétrica.