06 março 2018

Consumo de energia elétrica aumenta 5,4% em fevereiro

O consumo de energia elétrica aumentou 5,4% face ao período homólogo em fevereiro, devido fundamentalmente às temperaturas mais baixas que se fizeram sentir este ano. Com correção dos efeitos de temperatura e dias úteis regista-se ainda assim uma evolução de 1,6%, em linha com a tendência que se tem verificado nos últimos meses. A variação acumulada para os dois primeiros meses do ano situa-se agora em 2,2%, ou 1,5% com correção de temperatura e dias úteis.

As condições hidrológicas permaneceram extremamente negativas, com o índice de produtibilidade hidroelétrica a situar-se em 0,37 (média histórica igual a 1). Na produção eólica as condições foram também inferiores à média com o índice de produtibilidade respetivo a situar-se em 0,92 (média histórica igual a 1). Desta forma a produção renovável continuou inferior ao normal para esta altura do ano, abastecendo 48% do consumo de eletricidade. A produção não renovável abasteceu 51%, enquanto o restante 1% foi abastecido com recurso a importação.

Nos dois primeiros meses do ano o índice de produtibilidade hidroelétrica situa-se em 0,39 (média histórica igual a 1), e o índice de produtibilidade eólica em 1,00 (média histórica igual a 1). No mesmo período, a produção renovável abasteceu 47% do consumo, com as centrais hidroelétricas a representarem 13% do consumo, as eólicas 28%, a biomassa 5% e as fotovoltaicas 1,2%. A produção não renovável abasteceu os restantes 53% do consumo, repartido pelo gás natural com cerca de 30% e pelo carvão com 23%. O saldo de trocas com o estrangeiro é praticamente nulo.

No mercado de gás natural registou-se igualmente uma tendência de crescimento, com uma variação de 1,8% face ao mês homólogo do ano anterior. No segmento convencional registou-se uma variação de 3,2%, enquanto no mercado elétrico se verificou uma pequena redução de 1%, mantendo-se no entanto consumos muito elevados neste segmento, devido à menor produção hidroelétrica. No final de fevereiro, o consumo de gás natural apresenta uma variação praticamente nula face ao verificado no mesmo período do ano anterior, resultado de uma contração de 1,3% no segmento convencional e crescimento de 2,7% no mercado elétrico.



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