O consumo de energia elétrica recuou 0,3% em setembro, o que não acontecia desde janeiro deste ano. Com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis, registou-se um ligeiro crescimento de 0,2%. Nos primeiros nove meses do ano, o consumo cresceu face ao mesmo período do ano anterior, 2,9%, ou 2,7% com correção da temperatura e dias úteis.
Ainda em setembro, os índices de produtibilidade associados às energias renováveis foram todos favoráveis, 1,23 (média histórica igual a 1) para a produção eólica, 1,06 para a produção solar e 1,24 para a produção hidroelétrica. A produção fotovoltaica mantém crescimentos muito significativos, próximos dos 50%, relacionados com o aumento da potência instalada, com pontas acima de 1300 MW. Em setembro, a produção renovável abasteceu 44% do consumo, a produção não renovável 35%, enquanto os restantes 21% corresponderam a energia importada.
No período de janeiro a setembro, o índice de produtibilidade hidroelétrica registou 0,37, o de produtibilidade eólica 0,96 e o de produtibilidade solar 1,10. A produção renovável abasteceu 45% do consumo, repartida pela eólica com 23%, hidroelétrica com 9%, biomassa com 7% e fotovoltaica com 6%. A produção a gás natural abasteceu 33% do consumo, enquanto os restantes 22% corresponderem a energia importada.
No mercado de gás natural, o consumo evoluiu em setembro, com uma variação homóloga negativa em 15% e, ao contrário do que se tem verificado ao longo do ano, com comportamento negativo tanto no segmento convencional, que manteve a tendência dos últimos meses, com um recuo de 22%, como no segmento de produção de energia elétrica, que este mês contraiu 5%.
No período de janeiro a setembro, o consumo de gás natural registou uma variação homóloga negativa de 1,2%, resultado de uma quebra de 21% no segmento convencional e de um crescimento de 38% no segmento de produção de energia elétrica.