O consumo de energia elétrica cresceu 0,7% em outubro, em comparação com o mesmo período do ano anterior, ou 1,6% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis. A evolução acumulada anual é, agora, de 2,7%, ou 2,6% com correção da temperatura e dias úteis.
Apesar da precipitação registada na segunda quinzena de outubro, o índice de produtibilidade hidroelétrica não ultrapassou os 0,59 (média histórica de 1), condicionado pelas baixas afluências provenientes de Espanha no Douro. Já os índices de produtibilidade eólica e solar situaram-se, respetivamente, em 1,12 e 0,98 (média histórica de 1). No último mês, a produção renovável abasteceu 44% do consumo, a produção não renovável 34%, enquanto os restantes 22% corresponderam a energia importada.
No acumulado do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica continua baixo - regista 0,39 -, o de produtibilidade eólica 0,97 e o de produtibilidade solar 1,09. De janeiro a outubro a produção renovável abasteceu 44% do consumo, repartida pela eólica com 24%, hidroelétrica com 9%, biomassa com 7% e fotovoltaica com 5%. A produção a gás natural abasteceu 33% do consumo, com a importação a abastecer os restantes 22%.
Já no mercado de gás natural, mantém-se a tendência de redução do consumo com uma variação homóloga negativa de 5,7%, resultado de uma quebra de 16% no mercado convencional, parcialmente compensado pelo mercado elétrico, cujo consumo cresceu 9%. No aprovisionamento acentuou-se a tendência registada nos últimos meses, aumentando a entrada de gás por gasoduto, que representou 37% do consumo. O terminal de GNL de Sines foi, ainda assim, a principal entrada de gás no país, com 63% do total.
De janeiro a outubro o consumo de gás natural regista uma variação homóloga negativa de 1,6%, resultado de uma quebra de 20% no segmento convencional e de um crescimento de 35% no segmento de produção de energia elétrica.