06 novembro 2019

Consumo de gás natural avança 23,6% em outubro

O consumo de gás natural avançou 23,6% em outubro, face ao mesmo mês do ano anterior. Este incremento deveu-se ao crescimento de 48% no mercado elétrico, resultado  da elevada utilização das centrais a gás natural, e de 10,9% no mercado convencional, que abrange os restantes consumidores. No acumulado do ano, o consumo de gás natural registou uma variação anual homóloga de 4,6%, resultado de crescimentos de 12,2% no mercado elétrico e 0,9% no mercado convencional.

Já o consumo de energia elétrica aumentou 1,7% em outubro, ou 1,1% com correção dos efeitos de temperatura e dias úteis. No final de outubro o consumo acumulado anual registou uma evolução homóloga negativa de 1,7%, ou  menos 0,8% com correção de temperatura e dias úteis.

As afluências às barragens permanecem abaixo dos valores médios para esta altura do ano, com o índice de produtibilidade hidroelétrica de outubro a registar 0,47 (média histórica igual a 1). Na produção eólica, as condições foram mais favoráveis com o índice de produtibilidade respetivo a registar 1,03 (média histórica igual a 1). A produção renovável abasteceu 43% do consumo nacional, a não renovável 48%, enquanto os restantes 9% foram abastecidos com energia importada.   

O  índice de produtibilidade hidroelétrica anual situou-se, no final de outubro, em 0,60 (média histórica igual a 1), refletindo o regime seco que se tem verificado, enquanto o de produtibilidade eólica registou 1,00, em linha com o regime médio. No mesmo período, a produção repartiu-se de forma semelhante pelas fontes renováveis e não renováveis, com 45% do consumo nacional cada, e com os restantes 10%  a serem abastecidos por importação. Nas renováveis, destacam-se as eólicas a representar 24% do consumo, as hidroelétricas 13%, a biomassa 6% e as fotovoltaicas 2,3%. Nas não renováveis o gás natural abasteceu 33% do consumo e o carvão 11%. A produção a carvão tem registado valores historicamente baixos, sendo que no período de janeiro a outubro as centrais a carvão apresentam mesmo as utilizações mais baixas de sempre.



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