O consumo de gás natural registou, em abril, um crescimento de 57% face ao período homologo, movido pela utilização das centrais de produção de energia elétrica a gás natural. No segmento convencional, o crescimento foi também significativo, com uma variação homóloga de 13,8%.
No período de janeiro a abril, o consumo acumulado anual de gás natural regista ainda uma variação homóloga negativa de 1,7%, resultado de uma contração de 15,6% no segmento de produção de energia elétrica e de um crescimento de 4,2% no segmento convencional, que abrange os restantes consumidores.
Em abril o consumo de energia elétrica registou um crescimento homólogo de 6,5%, ou 10,4% com correção de temperatura e número de dias úteis. Nos primeiros quatro meses do ano o consumo cresceu 0,9%, ou 0,8% com correção de temperatura e dias úteis.
Este mês as condições foram desfavoráveis para as energias renováveis, com o índice de produtibilidade hidroelétrica a registar 0,78 (média histórica igual a 1) e o de eolicidade 0,60 (média histórica igual a 1), tratando-se, neste último caso, do mais baixo registo para o mês de abril desde 2001, de acordo com os registos da REN. A produção renovável abasteceu, 54% do consumo, a não renovável abasteceu 41% enquanto a importação de energia assegurou os restantes 5%.
No período de janeiro a abril, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 1,18 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade eólica em 0,93 (média histórica igual a 1). Neste período, a produção renovável abasteceu 74% do consumo (incluindo saldo exportador), repartida pela hidroelétrica com 39%, eólica com 27%, biomassa com 6% e fotovoltaica com 2%. A produção não renovável abasteceu 23% do consumo a partir de gás natural e 2% a partir de carvão. O saldo de trocas com o estrangeiro, exportador, equivaleu a cerca de 2% do consumo nacional.