O ministro da Economia e o Secretário de Estado da Energia assistem hoje a uma ação de formação contra incêndios, destinada a colaboradores e parceiros da REN, que decorrerá na armazenagem subterrânea do Carriço, no concelho de Pombal.
'Comportamento do fogo e gestão das faixas de proteção das redes de transporte de energia' é o título da ação, promovida pela Diretora dos Serviços Operacionais da REN, Isabel Figueira, envolvendo as áreas de Qualidade, Ambiente e Segurança e de Servidões e Património, da responsabilidade de Francisco Parada e João Gaspar, respetivamente. O coordenador científico é o prof. Domingos Xavier Viegas, diretor do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais (CEIF), ligado ao Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) da Universidade de Coimbra.
A REN colabora com a CEIF há mais de 10 anos, no âmbito da política de formação contínua de colaboradores e prestadores de serviços na área na prevenção e luta contra fogos florestais. Os resultados desta prática da empresa - que envolve outros parceiros, como os Bombeiros e a Proteção Civil -, ficou patente nos fogos de outubro passado, quando as equipas de combate da REN Armazenagem conseguiram defender as instalações das chamas que consumiram toda a floresta em redor.
Durante a última década, a REN promoveu a limpeza de cerca de 33 mil hectares de mata e floresta - o equivalente a mais de 33 mil campos de futebol -, entre património próprio e faixas de servidão das linhas de alta tensão. Deste total, mais de 20 mil hectares foram limpos nos últimos quatro anos.
Para além de participarem na ação de formação contra incêndios florestais, o Ministro Manuel Caldeira Cabral e o Secretário de Estado Jorge Seguro Sanches farão uma breve visita às instalações da REN Armazenagem, que desempenha um papel fundamental na constituição das reservas estratégicas de combustíveis do País. O armazenamento subterrâneo do Carriço é uma infraestrutura composta atualmente por seis cavidades de armazenamento, construídas numa formação salina natural, e por uma instalação de superfície. O gás natural em alta pressão é armazenado sob a forma gasosa.
As cavernas subterrâneas são bolsas de forma cilíndrica, situadas entre os 1000 e os 1400 metros de profundidade. Cada uma tem entre 200 a 300 metros de altura e 60 a 70 metros de largura e podem armazenar 330 MNm3 de gás natural, o que corresponde a cerca de 20 dias de consumo médio interno total atual e representa 57% da capacidade de armazenamento existente em Portugal. Os restantes 43% de capacidade estão no Terminal de Sines.