24 fevereiro 2025

Primeiras injeções de gases renováveis na rede de transporte devem acontecer nos próximos 36 meses

Os vencedores do primeiro leilão de gases renováveis, biometano e hidrogénio renovável, financiado através do Fundo Ambiental, comprometeram-se com um prazo máximo de 36 meses, após a data de concessão do auxílio, para a primeira injeção de gases renováveis no Sistema Nacional de Gás (SNG). Como anunciado pela Direção Geral de Energia (DGEG), o leilão resultou na adjudicação de 1990 MWh/ano de biometano ao preço de 62 €/MWh e de 119280 MWh/ano de hidrogénio renovável ao preço de 127 €/MWh e irá permitir ao SNG incorporar os primeiros projetos de produção de gases renováveis para injeção no SNG, em particular de hidrogénio.

O leilão, no valor de 140 milhões de euros, permite contratos de longo prazo para a injeção de hidrogénio renovável na Rede Pública de Gás. As quantidades de gases renováveis fixadas neste leilão serão compradas pelo Comercializador de Último Recurso grossista para injeção nas redes de transporte e distribuição, operadas pela REN e pela Floene, respetivamente.

A REN, em 2022, concebeu e implementou o Programa H2REN, tendo conseguido em 2024 a certificação de todas suas infraestruturas para o transporte, distribuição e armazenamento de misturas de hidrogénio com gás, cumprindo com os objetivos de descarbonização definidos pelo Governo Português.

Este processo de certificação, assegurado pela entidade certificadora Bureau Veritas, na sequência dos estudos especializados desenvolvidos entre 2022 e 2024, confirmou que, tecnicamente e mediante a realização de um conjunto de adaptações, a REN reúne as condições para transportar misturas de hidrogénio com gás até 10% na Rede Nacional de Transporte de Gás (RNTG) e no Armazenamento Subterrâneo do Carriço (AS Carriço) e até 20% na Rede Nacional de Distribuição de Gás (RNDG) operada pela REN Portgás.

Alinhada com as políticas da União Europeia, a descarbonização das infraestruturas de gás é um dos objetivos estratégicos da política energética portuguesa. A REN tem contribuído de forma permanente, enquanto operador de infraestruturas de serviço público, para a operacionalização desta transição energética. A sua estratégia para os hidrogénio assenta em dois grandes pilares: a adaptação das infraestruturas existentes para acomodar este gás e o desenvolvimento de infraestruturas 100% hidrogénio para responder às necessidades efetivas deste novo mercado.



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