29 novembro 2023

Produção de eletricidade a partir das barragens com bombagem bate recorde

A produção de energia hídrica a partir de bombagem atingiu a 15 de novembro o valor anual mais elevado de sempre, com 2,5 TWh, tornando 2023 o ano com a maior produção de sempre, sendo que o ano não terminou.

O anterior recorde, 2,3TWh, refere-se ao ano de 2022. Entre as barragens mais produtivas destacam-se a de Gouvães com 35% do total, e as de Alqueva e Venda Nova/Frades, com 20% cada.

A produção de energia a partir de bombagem é possível em barragens equipadas com bombas hidroelétricas, que bombeiam a água de um reservatório inferior para um reservatório superior, possibilitando a sua “reutilização” para a produção de energia elétrica em momentos em que a energia elétrica tem maior procura.

A utilização de bombas hidroelétricas permite aumentar a garantia de abastecimento nos períodos secos e permite também facilitar a integração de outras energias renováveis como sejam a eólica e a solar, armazenado os excedentes de produção para utilização em outras horas de maior consumo.

O forte aumento de utilização das bombas nos últimos dois anos está precisamente associado ao aumento da produção fotovoltaica, permitindo absorver excedentes durante as horas de maior disponibilidade solar, para produção posterior nas horas de ponta.

Nos próximos anos, com a crescente incorporação de renováveis no Sistema Elétrico Nacional, a utilização das bombas das centrais hídricas continuará a aumentar de forma relevante. Em simultâneo com o aumento da produção solar na Península Ibérica, a central hidroelétrica de Gouvães, que entrou em funcionamento em janeiro de 2022, veio aumentar a capacidade instalada de bombagem em Portugal.

Atualmente, o Sistema Elétrico Nacional tem uma potência instalada nas bombas hidroelétricas de 3585 MW, para uma potência hídrica total de 8216 MW. A potência máxima histórica absorvida pelas centrais com bombagem foi de 2492 MW em janeiro de 2021. Este ano, o máximo atingido até ao momento foi de 2474 MW, no mês de setembro.

Estes registos confirmam que Portugal tem mantido uma trajetória sustentável na progressiva incorporação de fontes renováveis endógenas, mantendo sempre os objetivos primordiais de segurança de abastecimento e de qualidade de serviço.



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