No primeiro semestre deste ano, as renováveis atingiram o valor mais elevado verificado em Portugal desde 1985, com 73% de produção, graças aos índices de produtibilidade hidroeléctrica e eólica de 1.37 e 1.24, respetivamente. Este semestre ficou também marcado por um crescimento do consumo de 0.4%, ou 0.2% com correção de temperatura e dias úteis.
A produção hídrica assegurou 41% do consumo, a eólica 26%, a biomassa 5% e a fotovoltaica 1%. Na produção não renovável as centrais a carvão abasteceram 16% do consumo e as centrais a gás natural 11%. Apesar das importações no final do semestre, o saldo mantém-se exportador, equivalendo a cerca de 4% do consumo nacional.
De acordo com os dados disponibilizados pela REN, com condições meteorológicas menos favoráveis, em particular na produção hidráulica, o mês de junho foi o mais fraco do ano para as renováveis, que se reduziram a 44% do consumo. As afluências aos aproveitamentos hidroeléctricos situaram-se em 62% dos valores normais para este mês, enquanto a produção eólica se situou em linha com os valores normais. Foi também o primeiro mês do ano com saldo fortemente importador abastecendo 12% do consumo.