•Resultado líquido de 52,8 M€
•EBITDA atinge 252,4 M€.
•Resultados financeiros registaram um aumento de 0,6%.
•Consumo de energia elétrica avançou 3,7% no semestre.
A REN - Redes Energéticas Nacionais apresentou um resultado líquido de 52,8 milhões de euros no primeiro semestre de 2018, um ligeiro decréscimo de 0,3% face ao período homólogo, que se deve sobretudo à queda das taxas de juro soberanas e à introdução de um novo regime regulatório da eletricidade. No entanto, este efeito foi compensado pela incorporação da Portgás.
O EBITDA situou-se nos 252,4M€, um aumento de 4% relativo ao mesmo período do ano passado, devido essencialmente ao impacto da aquisição da Portgás.
Ainda assim, os resultados financeiros registaram um aumento de 0,6%, refletindo a diminuição do custo médio da dívida de 2,6% para 2,3%.
Os resultados deste semestre continuam a ser afetados pelo efeito negativo da Contribuição Extraordinária do Setor Energético (CESE).
Renováveis abastecem consumo em 60%
Neste primeiro semestre do ano o consumo de energia elétrica avançou 3,7%. De realçar que a produção renovável abasteceu 60% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 28%, eólica com 26%, biomassa com 5% e fotovoltaica com 1,4%. A produção não renovável abasteceu os restantes 40% do consumo, repartido pelo gás natural com 23% e pelo carvão com 17%.
No primeiro semestre do ano, a REN e o Estado português assinaram um acordo que prevê a extensão da Zona Piloto Portuguesa (ZP) para a produção de energia das ondas em Viana do Castelo. O objetivo fundamental da Zona Piloto Portuguesa é tornar-se um espaço aberto, na costa atlântica, dedicado ao desenvolvimento de energias marinhas, com especial ênfase na energia das ondas.
No mercado de gás natural manteve-se a tendência de redução do consumo devido ao desempenho da produção renovável e consequente retração no consumo de gás natural para produção de energia elétrica.
Plano estratégico apresentado até 2021
Em maio a REN apresentou o seu plano estratégico para o período de 2018 a 2021, o qual assenta em três pilares: consolidar o core business e manter a excelência operacional que caracteriza a operação da empresa; manter um crescimento disciplinado; e assegurar um desempenho financeiro sólido.
De acordo com o Plano Estratégico da REN, a operação nacional continua a ser a prioridade da empresa, com previsão de um nível de investimento (CAPEX) entre os 120 e 145 M€ por ano.
Ainda a nível internacional, a REN e a ONEE - Office National de l'Electricité et de l'Eau Potable de Marrocos foram mandatadas pelos Governos de Portugal e Marrocos para apresentarem, num prazo de seis meses, uma proposta de anteprojeto de construção e de modelo de financiamento para a construção da interligação elétrica Portugal-Marrocos. A Declaração Conjunta entre Portugal e Marrocos, assinada no mês de maio, sublinha a necessidade de garantir as condições para exportar a 'energia verde' que ambos os países produzem sendo que, para tal, é essencial reforçar as interligações energéticas entre ambos os países.
Já no início do segundo semestre, a REN procedeu à venda do negócio de gás de petróleo liquefeito (GPL) à ENERGYCO II, S.A. A operação foi realizada através da REN Portgás Distribuição, que celebrou um contrato de compra e venda de ações, na qual alienou as ações representativas do capital social da REN Portgás GPL.