A REN – Redes Energéticas Nacionais iniciou mais uma etapa para a introdução de hidrogénio na Rede Nacional de Transporte de Gás (RNTG) ao começar a remodelar os cromatógrafos, aparelhos que permitem medir a qualidade do gás transportado na rede.
Os 16 cromatógrafos existentes na rede deverão ser todos adaptados até ao final do ano. Esta ação da REN é fundamental para a obtenção, ainda em 2023, da certificação para, numa primeira fase, receber e transportar até um máximo de 10% de hidrogénio na RNTG. Esta intervenção da REN reflete o compromisso assumido pela empresa na adequação das infraestruturas da RNTG, REN Armazenagem e REN Portgás para criar as condições técnicas necessárias aos objetivos de descarbonização definidos pelo Governo Português.
A operação segue-se aos estudos técnicos iniciados em 2022, no quadro do Programa H2REN. Estas primeiras alterações serão, numa primeira fase, alvo de um período de observação e monitorização de desempenho, com recurso quer aos dados convencionalmente teletransmitidos para o Despacho, quer através de acessos remotos.
O projeto está a ser operacionalizado pela área da Exploração de Gás e conta com o contributo das áreas de Planeamento de Gases Renováveis, Engenharia e Inovação e Gestão Técnica Global do Sistema Nacional de Gás.
Estes cromatógrafos alterados vão permitir ainda reduzir consideravelmente o consumo de Hélio na análise que fazem, adicionando-se-lhe Árgon, uma vez que o Hélio é um gás muito raro na atmosfera, não-renovável, imprescindível em pesquisas científicas e também aplicado em tecnologias como as ressonâncias nucleares magnéticas, as espectroscopias de massa, bem como na produção de fibras óticas e de chips de computador.
Alinhada com as políticas de União Europeia, a descarbonização das infraestruturas de gás é um dos objetivos estratégicos da política energética portuguesa. No caminho para a operacionalização desta transição energética, a REN tem contribuído de forma permanente, através das áreas de planeamento e gestão técnica global dos Sistemas Elétrico e de Gás, na concretização da descarbonização destes sistemas energéticos.
A estratégia da REN para os gases renováveis assenta em dois grandes pilares: a adaptação das infraestruturas existentes para acomodar estes gases e o desenvolvimento de infraestruturas 100% hidrogénio. A REN tem vindo a reforçar o seu compromisso com a sustentabilidade, tendo assumido o objetivo de reduzir as suas emissões em 50% até 2030 (em comparação com 2019), conseguindo atingir a neutralidade carbónica em 2040, dez anos antes do definido pela União Europeia.
A empresa continuará a promover, apoiar e desenvolver ações e projetos em linha com este objetivo e com as metas definidas pelas orientações de política energética nacional.
Adicionalmente, a empresa pretende ainda ter 1/3 dos cargos de gestão de topo ocupados por mulheres até 2030, promover a diversidade e assegurar que o financiamento da empresa seja proveniente na sua totalidade de emissões verdes.