As energias renováveis foram responsáveis por 58% do consumo de energia elétrica durante o mês de novembro, com a produção hidroelétrica a contribuir positivamente para o saldo.
O consumo de energia elétrica registou uma contração de 2,4% em comparação com novembro do ano passado, justificada pelas temperaturas acima da média. Com correção do efeito da temperatura e do número de dias úteis, verificou-se uma evolução homóloga positiva de 2%. Na soma do ano, a evolução acumulada anual é agora de 2,2%, ou de 2,6% com correção de temperatura e dias úteis.
Destaque para o índice de produtibilidade hidroelétrica, que com a precipitação registada em novembro, atingiu 1,05 (média histórica de 1), um valor 5% acima da média para este mês, mas ainda condicionado pelas afluências provenientes de Espanha no Douro, que se mantêm muito reduzidas. Os índices de produtibilidade eólica e solar situaram-se respetivamente em 0,96 e 1,00 (média histórica de 1). Com a subida da componente hidroelétrica, a produção renovável abasteceu 58% do consumo, a produção não renovável 35% e o saldo importador abasteceu os restantes 7% do consumo, o valor mais baixo registado este ano.
No acumulado do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica é de 0,46, o de produtibilidade eólica 0,97 e o de produtibilidade solar 1,08 (média histórica de 1). A produção renovável abasteceu 45% do consumo, repartida pela eólica com 24%, a hidroelétrica com 9%, a biomassa com 7% e a fotovoltaica com 5%. A produção a gás natural abasteceu 34% do consumo, enquanto o saldo importador assegurou 21%.
No mercado de gás natural, a tendência de redução de consumo manteve-se este mês, com uma taxa homóloga negativa de 5,7%, com uma quebra marginal de 0,7% no segmento de produção de energia elétrica e um recuo de 9,6% no segmento convencional. O saldo de trocas com Espanha através de gasoduto voltou este mês a ser exportador, equivalendo a 1,3% do consumo nacional.
No período de janeiro a novembro, o consumo de gás natural registou uma variação homóloga negativa de 2%, com uma quebra de 19% no segmento convencional e um aumento de 30% no segmento de produção de energia elétrica, que registou no acumulado do ano até novembro o valor mais alto de sempre.