02 dezembro 2024

Renováveis abastecem 72% do consumo nacional de eletricidade até ao final de novembro

O consumo de eletricidade nos primeiros onze meses do ano foi abastecido em 72% por produção renovável. Neste período, a energia hídrica destacou-se, com um índice de produtibilidade de 1,29 (média histórica igual a 1), e abastecendo 29% do consumo total. As eólicas, com um índice de 1,08, abasteceram 27%, enquanto a energia solar, com um índice de 0,94, forneceu 10% da eletricidade consumida. As centrais a biomassa abasteceram os restantes 6%. A produção a gás natural representou 9% do consumo e o saldo importador foi de 19%.

Recorde-se que em 2023, a produção renovável abasteceu 61% do consumo de energia elétrica em Portugal, num total de 31,2 TWh, o valor mais elevado de sempre no sistema nacional. Já no mês de novembro, as fontes de energia renovável abasteceram 68% do consumo, enquanto a produção não renovável representou apenas 13%.

O saldo de trocas com o estrangeiro manteve a tendência importadora, representando 19% do consumo. A energia eólica beneficiou de condições favoráveis, com um índice de produtibilidade de 1,09, atingindo o seu valor de produção diária mais elevado de sempre no dia 24 de novembro, com 110,4 GWh. Por outro lado, as produções hidroelétrica e fotovoltaica tiveram índices de produtibilidade de 0,72 e 0,87, respetivamente.

De janeiro a novembro verificou-se um crescimento de 1,5% no consumo de eletricidade (ou 2,1% com correção da temperatura e dos dias úteis), em relação ao período homólogo. Em novembro, verificou-se uma diminuição homóloga de 1,7%, influenciada por temperaturas acima dos valores normais. Com a correção dos efeitos da temperatura e do número de dias úteis, registou-se um aumento de 0,7% no consumo.

No que diz respeito ao consumo de gás natural, em novembro, e pela primeira vez este ano, o consumo ficou em linha com o mesmo mês do ano anterior. No segmento do mercado elétrico, registou-se um crescimento de 9% face ao período homólogo, enquanto no segmento convencional, que inclui os restantes clientes, o consumo recuou 2,6%.

No final de novembro, o consumo anual de gás natural atingiu os valores mais baixos desde 2003, registando um recuo de 20%, com uma diminuição de 62% no segmento de produção de energia elétrica e um aumento de 2,7% no segmento convencional. O gás recebido no terminal de Sines teve origem principalmente na Nigéria (53%) e nos EUA (41%).



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