A REN - Redes Energéticas Nacionais registou um resultado líquido de 12,8M€ no primeiro trimestre de 2023 (+6,8M€ em comparação com o período homólogo). Para este resultado líquido contribuiu a boa performance do EBIT (+22,7%), apesar do recuo dos resultados financeiros devido à taxa média de juros (-3,5M€) e do aumento de impostos, incluindo a CESE (+0,1M€).
O desempenho operacional levou o EBITDA a atingir os 131,9M€, um aumento de 11,4% face ao mesmo período de 2022. Um valor alcançado graças à contribuição doméstica (+11,8M€) e internacional (+1,7M€). O CAPEX subiu para 45,9M€, enquanto que as transferências para a Base de Ativos Regulados cresceram 4,3M€, face ao primeiro trimestre de 2022.
O investimento do Grupo foi particularmente dinâmico nos primeiros três meses do ano, com um crescimento de 68%, face ao período homólogo. Do total de 45,9M€, 35,3M€ são relativos ao negócio doméstico de Eletricidade, um acréscimo face aos 22M€ registados no período homólogo.
Continuando o desenvolvimento das Redes de Transporte de Eletricidade para garantir, simultaneamente, o cumprimento dos objetivos de Segurança de Abastecimento e a criação de capacidade de ligação de nova potência renovável, destacam-se o arranque do investimento no novo Eixo do Alentejo - infraestrutura essencial para ambos os fins atrás referidos - bem como as grandes remodelações das linhas Palmela - Sines 2 e 3 e Palmela - Alcochete, estas últimas com enfoque nas metas de incorporação de nova capacidade solar.
Em complemento, prosseguiram-se os estudos técnicos e de engenharia necessários para a adaptação da infraestrutura de gás às metas nacionais de incorporação de hidrogénio e à ligação de novos projetos de H2 verde.
Os níveis de qualidade de serviço mantiveram-se em patamares muito elevados, com o tempo médio de interrupções na eletricidade a fixar-se nos zero segundos, enquanto a taxa de disponibilidade do gás se manteve nos 100%.
O consumo de energia elétrica registou, no final do trimestre, uma variação positiva de 2,1%, ou 1,3% com correção da temperatura e dias úteis. Nos três primeiros meses do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 0,95, o de produtibilidade eólica em 0,93 e o de produtibilidade solar em 1,14 (média histórica de 1). Neste período, a produção renovável abasteceu 72% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 34%, eólica com 27%, biomassa com 6% e fotovoltaica com 5%. A produção a gás natural abasteceu 19% do consumo, enquanto os restantes 9% correspondem ao saldo importador. Em termos de consumo de gás, deu-se um aumento de 8,9% no trimestre.
No primeiro trimestre de 2023, as principais agências internacionais (S&P Global, CDP, Sustainalytics e MSCI) reviram em alta os ratings de ESG da REN. Um resutado fruto do bom desempenho da empresa em termos de inovação, governo, redução de emissões e contribuição para o aumento de biodiversidade.
Destaques | Janeiro/Março | Janeiro/Março | Q/Q |
| 2023 | 2022 | Variação |
EBITDA | 131,9 M€ | 118,4 M€ | 11,4% |
Resultados Financeiros | -12,9 M€ | -9,4 M€ | -37,1% |
Lucros líquidos | 12,8 M€ | 6,0 M€ | 114,6% |
CAPEX | 45,9 M€ | 27,3 M€ | 68% |
Transferências Base de Ativos Regulados | 3 549,4 M€ | 3 618,6 M€ | -1,9% |
Dívida Líquida | 2 191,5 M€ | 2 098,7 M€ | 4,4% |