10 novembro 2022

Resultados positivos nos primeiros nove meses do ano


  • EBIDTA cresce 5,1% para 360,9M€
  • CAPEX baixa para 126M€
  • Gás natural abasteceu 33% do consumo de energia
  • Produção renovável abasteceu 44,4% do consumo de eletricidade
  • Reforçada atividade relacionada com transição energética

 

A REN - Redes Energéticas Nacionais concluiu os primeiros nove meses do ano de 2022 com um aumento do EBITDA de 5,1% (+17,5M€), para 360,9M€, que resultou sobretudo do crescimento do EBITDA doméstico (+12,5M€), reflexo de uma maior remuneração dos ativos e do OPEX (+16,4M€). A área internacional teve também reflexo positivo no EBIDTA, especialmente a Electrogas (+3,5M€). A afetar negativamente o EBIDTA esteve o aumento dos custos operacionais, nomeadamente os gastos de eletricidade no Terminal de GNL de Sines (+7,9M€). Recorde-se que a atividade da REN não compreende a compra ou venda de qualquer tipo de energia, pelo que apenas como consumidora é afetada pelas oscilações de preços dos combustíveis.

O resultado líquido foi de 81,4M€, um aumento de 19,1% (+13,1M€) face ao mesmo período de 2021. Foram decisivos o contributo positivo do EBIT (+11,5M€) e a melhoria dos resultados financeiros (+5,3M€), apesar do aumento nos impostos pagos, especialmente a CESE (1M€).

O CAPEX teve uma redução de 11,1% (-15,7M€), em comparação com setembro de 2021, atingindo os 126 M€. As transferências para RAB aumentaram 2,8M€ para 83,2M€, A mudança positiva na área da eletricidade foi completamente anulada pelo transporte de gás. 

Nos primeiros nove meses do ano, a produção renovável abasteceu 44,4% do consumo de eletricidade, repartida pela eólica (23%), hidroelétrica (9%), biomassa (7%) e fotovoltaica (6%). A produção a gás natural abasteceu 33% do consumo. Os restantes 22% corresponderam a energia importada. Até setembro, o índice de produtibilidade hidroelétrica registou 0,37 (média histórica de 1), o de produtibilidade eólica 0,96 e o de produtibilidade solar 1,10. A produção fotovoltaica continua a manter um crescimento significativo, próximos dos 50%, relacionado com o aumento da potência instalada, com pontas acima de 1300 MW.

No período de janeiro a setembro, o consumo de gás natural manteve a tendência do período homólogo (registou uma variação homóloga de -1,2%), resultado de uma quebra de 21% no segmento convencional e de um crescimento de 38% no segmento de produção de energia elétrica.

Durante este trimestre, destaque para os prémios atribuídos ao speed-E, a inovadora solução de mobilidade criada pela REN que possibilita o carregamento de veículos elétricos diretamente a partir das linhas de Muito Alta Tensão. O projeto venceu a categoria 'Carregamento & Energia' da sexta edição do eMove360º, uma das principais feiras de mobilidade 4.0 a nível mundial; e o prémio 'Melhor Prática do Ano', na categoria 'Inovação Tecnológica e Integração de Sistemas'', atribuído pela Renewables Grid Initiative e entregue pela Comissária Europeia para a Energia, Kadri Simson, durante a terceira edição dos 'PCI Energy Days', organizados pela Comissão Europeia.

Realce ainda para o facto de a Portgás, detida a 100% pela REN, ter ultrapassado os 400 mil clientes, no 25º aniversário do início do fornecimento a utilizadores domésticos. A Portgás, distribuidora de gás natural em 29 concelhos nos distritos de Porto, Braga e Viana do Castelo, é atualmente a maior distribuidora em extensão de rede e detém mais de 25% do total de clientes do país.



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