A produção de energia renovável abasteceu 53% do consumo de eletricidade em Portugal no mês de julho, tendo a produção solar atingido, pela primeira vez, 15% do consumo mensal, com pontas a superarem os 2500 MW. A produção hídrica foi responsável por 14%, a eólica 18% e a biomassa pelos restantes 6%. A produção não renovável foi responsável por 9%, tendo 38% sido abastecidos através de energia importada.
Em julho o consumo de energia elétrica abastecido a partir da rede pública, registou uma variação homóloga de 3,6%, ou 2,6% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis. Nos primeiros sete meses do ano, o consumo subiu 1,9% face ao mesmo período do ano anterior, ou 2,5% com correção da temperatura e dias úteis.
O índice de produtibilidade hidroelétrico registou em julho 1,32 (média histórica igual a 1). O regime solar ficou praticamente em linha com os valores médios, com um índice de 1,01, enquanto o eólico registou 0,89. No período de janeiro a julho o índice de produtibilidade hidroelétrica atingiu 1,33, o de produtibilidade eólica 1,04 e o de produtibilidade solar 0,95. A produção renovável abasteceu 78% do consumo, repartidos pela hidroelétrica com 36%, eólica com 27%, fotovoltaica com 9% e biomassa com 6%. A produção a gás natural abasteceu 8% do consumo enquanto os restantes 14% corresponderam à energia importada.
Em julho, o consumo de gás registou uma contração homóloga 33%, com quebras de 76% no segmento de produção de energia elétrica e 1,3% no segmento convencional, que abrange os restantes consumidores. Nos primeiros 7 meses do ano, o consumo acumulado anual de gás registou uma evolução global negativa de 21%, resultado de um crescimento de 2,7% no segmento convencional e de uma quebra de 68% no mercado elétrico.
O abastecimento nacional efetuou-se integralmente a partir do terminal de GNL de Sines, com o saldo de trocas através da interligação com Espanha a registar um saldo exportador equivalente a 44% do consumo nacional.