O consumo de energia elétrica registou um incremento de 7,1% em abril, face ao período homólogo, ou 5,5% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis. No final dos quatro primeiros meses do ano, o consumo cresceu 2,6%, ou 3,2% com correção da temperatura e dias úteis.
Em abril, manteve-se um regime hidroelétrico seco, com afluências de cerca de metade dos valores normais para esta altura do ano, a que correspondeu um índice de 0,49 (média histórica igual a 1). Nas eólicas e fotovoltaicas os regimes foram mais favoráveis com os índices a registarem, respetivamente, 1,08 (média histórica igual a 1) e 1,10 (média histórica igual a 1). Nestas condições, a produção renovável abasteceu 54% do consumo, a não renovável 27%, enquanto os restantes 19% foram abastecidos com recurso a energia importada.
No período de janeiro a abril, o índice de produtibilidade hidroelétrica registou 0,34 (média histórica igual a 1), o de produtibilidade eólica 0,96 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade solar 1,06 (média histórica igual a 1). Neste período, a produção renovável abasteceu 50% do consumo, repartida pela eólica com 28%, hidroelétrica com 12%, biomassa com 6% e fotovoltaica com 4%. A fotovoltaica, embora seja ainda a tecnologia menos representativa, continua a presentar crescimentos muito elevados, 73% face ao mesmo período do ano anterior, atingindo pontas diárias acima dos 1200 MW. A produção a gás natural abasteceu 30% do consumo, enquanto os restantes 20% corresponderam ao saldo importador.
No mercado de gás natural, registou-se em abril uma contração homóloga de 19%, com recuos tanto no segmento convencional (menos 21%), em linha com o que se tem verificado nos meses anteriores, como no segmento de produção de energia elétrica (menos 16%), neste último caso contrariando a tendência dos últimos meses. O abastecimento foi efetuado quase integralmente a partir do terminal de GNL de Sines, mantendo-se exportações através da interligação com Espanha, que representaram este mês cerca de 8% do consumo nacional.
Nos quatro meses já decorridos do ano, o consumo acumulado anual de gás natural registou uma ligeira quebra de 0,5%, com o crescimento de 66% no segmento de produção de energia elétrica a não ser suficiente para compensar a contração de 23% no segmento convencional.