O consumo de energia elétrica recuou 0,5% em março, ou 1,7% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis. Esta evolução resultou de um período de crescimento no início do mês, seguido de uma forte contração após a declaração do estado de emergência. Entre o dia 18 e o final do mês o consumo corrigido de temperatura baixou cerca de 8% face ao período equivalente do ano anterior. No final do primeiro trimestre, a evolução anual situa-se em +0,2%, ou +0,9% com correção de temperatura e dias úteis.
Ainda em março, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 0,87 (média histórica igual a 1) e o de produtibilidade eólica em 0,96 (média histórica igual a 1), ambos abaixo dos regimes médios para esta altura do ano. Ainda assim a produção renovável abasteceu 69% do consumo nacional, a produção não renovável 26%, enquanto os restantes 5% foram corresponderam a energia importada.
O índice de produtibilidade hidroelétrica para o primeiro trimestre do ano situou-se em 0,91 (média histórica igual a 1), enquanto o de produtibilidade eólica registou 0,86 (média histórica igual a 1). Neste período, a produção renovável abasteceu 69% do consumo, repartido pela hidroelétrica com 35%, a eólica com 25%, biomassa com 6% e a fotovoltaica com 1,9%. A produção não renovável abasteceu 31% do consumo, praticamente apenas com gás natural , já que a produção a carvão não teve qualquer significado. O saldo do trimestre foi exportador equivalendo a cerca de 1% do consumo nacional.
No mercado de gás natural, o consumo nacional registou, em março, uma variação homóloga de 20%, devido ao forte crescimento do segmento do mercado de energia elétrica que registou uma variação homóloga de 176%, com a substituição quase integral da produção a carvão por gás natural. O segmento convencional registou uma queda mensal homóloga de 0,5%. Ainda neste segmento, após a declaração do estado de emergência, o consumo caiu cerca de 4% face ao período equivalente do ano anterior.
No final do trimestre registou-se um aumento de consumo de 17,5%, resultado de um crescimento de 90% no mercado elétrico e de uma contração de 1,3% no mercado convencional.