O consumo de energia elétrica cresceu 0,2% em maio, face ao período homólogo do ano anterior, ou 1,1% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis. A variação acumulada no período de janeiro a maio situa-se agora em 4,8%, ainda muito influenciada pelas temperaturas baixas verificadas nos últimos meses.
Neste mês, as afluências aos aproveitamentos hidroelétricos ficaram praticamente em linha com o regime médio, com um índice de hidraulicidade de 0,99 (média histórica igual a 1). Na produção eólica as condições foram desfavoráveis, com o índice de produtibilidade respetivo a situar-se em 0,79(média histórica igual a 1). O conjunto da produção renovável abasteceu 51% do consumo nacional, a não renovável 47% e o saldo de trocas com o estrangeiro, que neste mês foi importador, os restantes 2%.
Após os primeiros 5 meses do ano, os índices de produtibilidade hidroelétrica e eólica registam, respetivamente, 1,12(média histórica igual a 1) e 1,10(média histórica igual a 1), permitindo à produção renovável abastecer 63% do consumo mais o saldo exportador, com a hidroelétrica a representar 29%, a eólica 28%, a biomassa 5% e a fotovoltaica 1%. As centrais não renováveis abasteceram os restantes 37% do consumo, repartido pelo gás natural com 21% e pelo carvão com 16%. Neste período, o saldo de trocas com o estrangeiro é exportador equivalendo a cerca de 5% do consumo nacional.
O consumo de gás para a produção de energia elétrica registou em maio uma contração homóloga de 43%, enquanto pelo contrário, no segmento convencional, se manteve um crescimento robusto de aproximadamente 8%. No período de janeiro a maio, o consumo de gás natural apresenta uma variação acumulada de menos 9%, face ao verificado no mesmo período do ano anterior, resultado de um crescimento de 4% no segmento convencional e de uma redução de 34% no mercado elétrico.