A produção eólica máxima diária nacional atingiu os 103,1 GWh, a 22 de novembro, superando o anterior máximo histórico de 102,4 GWh, de fevereiro de 2019.
O consumo de energia elétrica aumentou 1,4%, ou 1,8% com correção dos efeitos de temperatura e dias úteis, em novembro. Já o consumo acumulado anual regista uma evolução negativa 1,5%, ou menos 0,5% com correção de temperatura e dias úteis.
As afluências aos aproveitamentos hidroelétricos tiveram em novembro um registo positivo, com o índice de produtibilidade a situar-se em 1,15 (média histórica igual a 1). Na produção eólica, as condições foram particularmente favoráveis, registando a segunda produção eólica mensal mais elevada de sempre, correspondendo a um índice de produtibilidade de 1,53 (média histórica igual a 1). Ainda em novembro, a produção renovável abasteceu 65% do consumo nacional mais saldo exportador, o valor mais elevado registado este ano, e a produção não renovável 35%. O saldo exportador correspondeu a cerca de 5% do consumo nacional.
No acumulado do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica anual situou-se em 0,65 (média histórica igual a 1), reflexo do regime seco que se tem verificado e que apenas foi interrompido em novembro, enquanto o de produtibilidade eólica registou um valor acima da média, com 1,06 (média histórica igual a 1). Nos onze meses já decorridos do ano, predominam as fontes renováveis, com 47% do consumo nacional, cabendo às não renováveis 44%, com os restantes 9% a serem abastecidos por importação. Nas renováveis destacam-se as eólicas com 26% do consumo, as hidroelétricas com 14%, a biomassa 5,5% e as fotovoltaicas com 2,2%. Nas não renováveis o gás natural abasteceu 33% do consumo e o carvão não ultrapassou os 11%, mantendo-se no final do ano com valores historicamente baixos.
Em novembro, o mercado de gás natural manteve a tendência de crescimento que se tem verificado, com uma variação de 5,1%, face ao mesmo mês do ano anterior. Esta evolução resultou de um crescimento de 22% no mercado elétrico, atenuada por uma contração de 2,4% no segmento convencional que abrange os restantes consumidores.
Desde o início do ano, até ao final de novembro, o consumo de gás natural registou uma variação anual homóloga de 4,6%, resultado de crescimentos 0,5% no mercado convencional e de 13% no mercado elétrico, onde as centrais a gás natural, têm vindo, com uma forte utilização, a substituir as centrais a carvão.