•Março regista recordes de Produção Eólica diária e de Produção Hidráulica nacional
•Rede Nacional de Transporte de Eletricidade atinge novo máximo a 7 de março, com 9240 MW
•REN inaugura Datacenter de Riba de Ave
•EBITDA atinge 128,4 M€
•Resultado Líquido de 13,1 M€
A REN - Redes Energéticas Nacionais apresentou um resultado líquido de 13,1M€ no primeiro trimestre de 2018. O EBITDA situou-se nos 128,4 M€, um aumento de 3,8% relativo ao mesmo período do ano passado, refletindo a integração da Portgás no seu perímetro de consolidação. A Portgás contribuiu positivamente para o EBITDA com 10,9 M€.
O resultado líquido foi de €13,1 M€ menos 3% que em igual período de 2017. Refletindo o crescimento das amortizações.
O custo médio da dívida do período baixou de 2,6% para 2,3%.
Devido à contabilização da Contribuição Extraordinária do Sector Energético a taxa efetiva de imposto situou-se nos 39,6%.
O investimento no período foi de cerca de 14 M€, tendo a Portgás contribuído com perto de 4 M€. Este valor está de acordo com os ciclos sazonais regulares de execução de projetos de infraestruturas dos anos anteriores.
A 12 de fevereiro, a REN emitiu 300 M€ em obrigações a 10 anos, com a procura a superar a oferta em sete vezes. Esta operação teve como objetivo liquidar o Bridge Loan assinado aquando da aquisição da REN Portgás, e em linha com o anunciado ao mercado quando a empresa foi adquirida. Dos 300 M€ emitidos, cerca de 88% foram colocados junto de investidores internacionais, tendo a operação sido concluída com uma taxa de 1,768%, abaixo da taxa da emissão do Estado português.
A REN inaugurou, a 16 de fevereiro o Datacenter de Riba de Ave, uma infraestrutura de excelência tecnológica que permite reforçar significativamente a segurança da Rede de Telecomunicações de Segurança (RTS), e dos demais sistemas de informação críticos da Rede Nacional de Transporte operada pela Rede Elétrica.
A nível operacional o trimestre foi marcado por diversos recordes registados no Sistema Elétrico Nacional.
O consumo de energia elétrica apresentou um crescimento de 4,7% no primeiro trimestre de 2017, ou 3,1% com correção de temperatura e dias úteis.
No final do 1º trimestre, a produção renovável abasteceu 61% do consumo, 31% através das eólicas, 24% das hidroelétricas, 5% da biomassa e finalmente 1,1% através das fotovoltaicas. A produção não renovável abasteceu os restantes 39% do consumo, repartido pelo gás natural com 22% e pelo carvão com 17%. O saldo de trocas com o estrangeiro foi exportador equivalendo a cerca de 6% do consumo nacional.
O consumo de gás natural apresentou uma variação de menos 6,2% no primeiro trimestre de 2017, face ao verificado no mesmo período do ano anterior, resultado de um crescimento de 1,2% no segmento convencional e de uma redução de 21% no mercado elétrico.
A 11 de março, registou-se um novo máximo histórico na Produção Eólica Diária em Portugal, com 101 GWh, acima dos 96,7 GWh registados a 2 de janeiro de 2017. Entre as 20:30 horas de sexta-feira, dia 9 de março, e as 12:00 horas de segunda-feira, 12 de março, a produção renovável, fundamentalmente hídrica e eólica, foi suficiente para abastecer o consumo nacional, não tendo sido utilizadas as grandes centrais a carvão e a gás natural.
A 7 de março de 2018 registou-se um novo máximo histórico na produção nacional de eletricidade, de 12043 MW, superior em 555 MW ao anterior máximo datado de 18 de fevereiro de 2016. Nesse dia, o consumo nacional era de 8417 MW e o sistema exportava cerca de 3600 MW. O máximo histórico do consumo nacional é de 9403 MW registado em 2010.
Ainda no mesmo dia, registou-se também um novo máximo na Rede de Transporte com 9240 MW, 100 MW acima do anterior máximo, também registado a 18 de fevereiro de 2016.
Com a chuva que ocorreu no início de março, registou-se, também a 7 de março, um novo máximo na produção hidráulica nacional, com 5689 MW, 142 MW acima do anterior máximo de 15 de fevereiro de 2016. A potência hidráulica instalada é atualmente de 7193 MW.
De referir ainda que, no dia 26 de fevereiro, a exportação de energia elétrica ultrapassou pela primeira vez os 4000 MW. O novo máximo agora fixado, 4042 MW, é superior em 400 MW ao anterior máximo, datado de 2 de janeiro de 2017.