A REN apresentou, no dia 29 de Maio, o novo júri e regulamento do Prémio REN 2013. A cerimónia, que decorreu durante a conferência 'Sistemas de Energia Sustentáveis e Inovadores', ocorreu na Fundação Champalimaud, em Lisboa, e teve como ponto alto o keynote speaker Donald Sadoway, considerado uma das mais influentes personalidades do mundo pela revista TIME.
O Professor do MIT veio a Portugal a convite da REN e explicou a sua mais recente descoberta ao desenvolver uma inovadora bateria, vocacionada para as redes elétricas do futuro, que alterou o paradigma do armazenamento da energia.
O cientista norteamericano, explicou que as baterias de metal líquido 'são simples de fabricar e tudo isto contribui para o low cost do produto'. O Professor do MIT deu um exemplo concreto da utilidade desta inovação: 'Quem tiver painéis solares e uma bateria destas na cave pode armazenar a energia produzida durante o dia e usá-la quando não há sol', salientando ainda que uma bateria do tamanho de um frigorífico guarda energia suficiente para abastecer a casa durante um a dois dias'.
Rui Cartaxo, CEO da REN, na sua intervenção, destacou a importância da 'relação entre empresas e universidades' tendo em vista a aplicabilidade de projectos como o de Donald Sadoway. O responsável acrescentou ainda que o Prémio tem sido uma base de recrutamento muito importante para a REN. 'Temos muitos prémios REN a trabalhar hoje na empresa. Acho que é uma forma de também estimular a inovação numa área onde Portugal construiu um know-how notável nos últimos, eu diria, 20 anos'. No final, o responsável máximo da REN adiantou ainda que estas iniciativas 'projectam a REN como uma empresa inovadora, dinâmica e preocupada em promover o que se faz de melhor nas nossas universidades.'
Este ano, o regulamento dos prémios foi reformulado assim como o júri que o compõe. Para o novo presidente do júri, João Peças Lopes, a maior alteração foi ao nível das áreas de ensino a que está aberto. 'Enquanto que até aqui era um regulamento virado fundamentalmente para trabalhar os domínios de eletricidade e de gás, ele hoje abre-se a temas da matemática, das ciências de informação, das comunicações, da física. E porquê? Porque o conhecimento necessário para fazer, para gerir o sistema de energia não é exclusivamente dentro de um silo de conhecimento (...) A REN percebeu isso, portanto incorporou no seu regulamento esse alargamento que vai permitir realmente reconhecer esses componentes.'
A acompanhar João Peças Lopes no júri estão ainda Aníbal Santos (REN) Paulo Ferrão (IST) Manuel Matos (FEUP) Gomes Martins (U. Coimbra) Luis Marcelino Ferreira (IST) Paulo Bárcia (NOVA) Jorge Vasconcelos (NEWES) Paulo Sena Esteves (OMIP), Albertino Menezes (REN), Pedro Furtado (REN) e Miguel Moreira da Silva (REN)
A cerimónia de apresentação contou ainda com um debate moderado por Francisco Ferreira da Silva, do Diário Económico e com a participação de Donald Sadoway, Stathis Peteves, responsável pela unidade de Energy Systems Evaluation, João Bento, CEO da EFACEC, João Silva Marques, membro do Comité Executivo da Siemens e João Claro, director nacional do Programa Carnegie Mellon Portugal.
O Prémio REN é o prémio de cariz científico mais antigo em Portugal.