•EBITDA atingiu €123,7M
•Produção de energia renovável abasteceu 51% do consumo
•Novo máximo instantâneo de 4532 MW na produção de energia eólica
•Qualidade de serviço no transporte de eletricidade e gás natural mantém-se entre as melhores do mundo
Nos primeiros três meses de 2017, a REN registou um aumento do Resultado Líquido de €7,4M, para €13,5M, refletindo a melhoria do desempenho financeiro da empresa bem como dos resultados operacionais, durante o período.
O EBITDA situou-se nos €123,7M, um aumento de 2,1% relativo ao mesmo período do ano passado. O Resultado Líquido cresceu para €13,5M nos três primeiros meses do ano, face ao período homólogo, impulsionado pelos Resultados Operacionais, e por um sólido desempenho financeiro, que teve um incremento de 33,9% face ao primeiro trimestre de 2016, destacando-se a redução do Custo Médio da Dívida de 3,7% para 2,6%. O Resultado Líquido Recorrente subiu de €32M para €39,3M, enquanto a Dívida Liquida cresceu 2,8%, devido, em grande medida, ao pagamento da participação na Electrogás. Neste primeiro trimestre, o CAPEX foi de €13,2M, enquanto o RAB Médio atingiu os €3.495,3M.
Nos primeiros três meses do ano, a REN apresentou um desempenho financeiro e operacional estável, em linha com o esperado, destacando-se o aumento do Resultado Líquido e a redução do Custo Médio da Dívida. O referido desempenho operacional e financeiro continua a ser afetado pelo efeito negativo da CESE, a qual totalizou neste período o montante de €25,8M (€25,9M em 2016).
A 7 de fevereiro, a REN concretizou a compra da participação de 42,5% do capital social da Electrogás. Esta aquisição constitui um marco importante na internacionalização da REN, em linha com o Plano Estratégico apresentado para 2015-2018.
A 7 de abril, a REN anunciou o acordo para a compra de 100% do capital da EDP Gás ao Grupo EDP pelo valor de €532,4M. Esta aquisição, sujeita ainda às habituais aprovações legais e regulatórias, será financiada por recurso a linhas de crédito e por um aumento de capital de €250M. A escolha desta oportunidade enquadrou-se dentro dos critérios de disciplina financeira da REN, por forma a garantir não só uma rentabilidade sustentável, como a manutenção das métricas de crédito estáveis, de acordo com os ratings Investment Grade atuais. Na sequência da operação, as agências de notação financeira Moody's e Fitch reafirmaram o rating da REN em investment grade, respetivamente com Baa3 e BBB, reforçando a posição de empresa portuguesa com melhor notação atribuída pelas três maiores agências de rating.
Na Assembleia Geral de acionistas, que decorreu esta manhã, foi aprovado o pagamento de um dividendo de 17,1 cêntimos por ação relativo ao ano de 2016.
Nos primeiros três meses de 2017, a produção renovável abasteceu cerca de metade do consumo nacional de eletricidade, tendo as hídricas representado 19%, devido às afluências às barragens continuarem abaixo da média, e as eólicas 26%. As não renováveis abasteceram os restantes 49% do consumo nacional, repartidas por carvão, com 22%, e pelo gás natural, com 27%.
Já o consumo de eletricidade registou uma variação de 0,2% face ao período homólogo do ano anterior, valor com correção de temperatura e dias úteis.
O saldo de trocas com Espanha continuou a ser exportador, sendo que em março foi equivalente a 7% do consumo nacional e, no primeiro trimestre do ano, equivalente a 9% do consumo nacional.
Ainda referente aos primeiros três meses do ano, a REN registou a 2 de janeiro, um valor máximo instantâneo de 4532 MW na produção de energia eólica, que compara com o anterior máximo de 4453 MW, registado em 21 de novembro do ano passado. Este novo máximo surge depois de em 2016 se ter atingido um novo máximo de 5 anos no consumo de gás natural e eletricidade em Portugal. No mesmo dia, a produção diária de energia eólica também superou o anterior record, tendo atingido os 96,7 GWh, mais 0,8 GWh do que o anterior máximo registado a 30 de janeiro de 2015.