24 julho 2025

1S2025: resultado líquido de 65,7 milhões de euros

  • Produção renovável abasteceu 77% do consumo de eletricidade no primeiro semestre de 2025
  • EBITDA de 256,6M€ (-0.5%), em linha com 2024
  • CAPEX cresce 10.8% para 150,0M€
  • Resultado Líquido de 65,7M€ (+35.2%)
  • Sistema Elétrico Nacional sofre um apagão com origem externa e a recuperação é executada com sucesso e de acordo com os protocolos de emergência

No primeiro semestre de 2025, a REN – Redes Energéticas Nacionais, registou um EBITDA de 256,6M€ (em linha com ao mesmo período de 2024), o que reflete a estabilidade tanto na atividade doméstica como no Chile. Em Portugal, o EBITDA foi sobretudo impactado pela redução da rentabilidade dos ativos regulados (-0,5M€) e pelo aumento dos custos operacionais (+2,5M€).

O resultado líquido superou o ano anterior, tendo registado um valor de 65,7M€ (+35.2% face ao mesmo período de 2024). Contribuíram para isso o aumento dos resultados financeiros (+5,2M€), como resultado da redução da dívida líquida, e também efeitos fiscais positivos, que se refletiram uma redução de impostos (-19,0M€).

O CAPEX manteve a trajetória de crescimento, em linha com o primeiro trimestre do ano, tendo atingido os 150,0M€ (+10.8% face ao ano anterior). Em paralelo, as transferências para RAB aceleraram, com um crescimento de 68.1% (+20,4M€ comparado com mesmo período de 2024).

Os custos operacionais subiram 4.5% para 58,2M€ (+2,5M€), refletindo o aumento dos custos de manutenção (+1,1M€) e dos custos de eletricidade (+0,8M€), principalmente no Terminal de GNL de Sines, e ainda o crescimento do número de colaboradores, de 758 para 770 (+2%), mantendo-se em linha com o acréscimo da atividade operacional.

A dívida líquida atingiu os 2.339,5M€, uma descida de 280,3M€ (-11.9% versus o 1S2024). Excluindo o efeito dos desvios tarifários, a dívida teria diminuído 119,5M€, situando-se nos 2.307,3M€. O custo médio da dívida baixou para 2.66% (frente aos 2.78% no mesmo período do ano passado).

O consumo de energia elétrica em Portugal atingiu, no primeiro semestre de 2025, o valor mais elevado de sempre registado no sistema nacional. Entre janeiro e junho, foram consumidos 26 229 GWh, ultrapassando em cerca de 240 GWh o anterior máximo, datado de 2010. Este valor representa um crescimento de 2.2% face ao mesmo período do ano passado, ou 2% considerando os efeitos da temperatura e do número de dias úteis.

No acumulado do semestre, a produção renovável abasteceu 77% do consumo, com a hidroelétrica a representar 36%, a eólica 26%, a solar 11% e a biomassa 5%. Do lado do gás natural, o consumo acumulado cresceu 10.1%, com o segmento de produção de eletricidade a mais do que duplicar face ao mesmo período do ano anterior. Já o segmento convencional registou uma contração de 7.6%, atingindo o valor mais baixo desde 2009.

No dia 28 de abril, às 11h33 em Portugal, o Sistema Ibérico de Transporte de Eletricidade colapsou de forma abrupta, tendo já sido reconhecido que a origem do problema não foi na REN, nem no Sistema Elétrico Nacional. O protocolo de recuperação foi acionado de imediato e a recuperação foi total antes do final do dia. tendo a ENTSO reconhecido formalmente que a recuperação ibérica foi feita dentro dos melhores padrões de eficiência. A REN já entregou relatórios sobre o incidente às autoridades nacionais e europeias, estando a decorrer estudos mais detalhados sobre o evento.

Destacando o seu compromisso com a transição energética responsável, a revista norte-americana TIME reconheceu a REN como uma das 500 Empresas Mais Sustentáveis do Mundo em 2025. Esta distinção foi divulgada no âmbito da iniciativa "World's Most Sustainable Companies 2025", que avalia o desempenho global das empresas em sustentabilidade.

A REN – Redes Energéticas Nacionais foi também distinguida com a classificação A no SEA (Supplier Engagement Assessment) do CDP (uma das mais importantes e reconhecidas entidades globais na divulgação e reporte de informações ambientais), alcançando o nível mais elevado deste rating internacional. Esta avaliação mede o grau de integração da sustentabilidade nas relações com fornecedores, analisando aspetos como políticas, metas, governança e estratégias de colaboração. O objetivo é incentivar práticas que contribuam para uma economia de baixo carbono, o combate às alterações climáticas e uma gestão eficaz dos riscos climáticos.



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