Resultado Líquido Recorrente sobe 4,5%
Resultados Financeiros melhoram 7,1%
71% da produção nacional de eletricidade teve origem em fontes renováveis
Terminal de Sines recebe primeiro carregamento de gás de xisto proveniente dos EUA
A REN - Redes Energéticas Nacionais apresentou um resultado líquido de 40,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2016, um recuo de 35,2% face ao período homólogo. A penalizar os resultados estão itens não recorrentes registados em 2015: a mais-valia alcançada em 2015 com a venda da participação da REN na ENAGÁS e a recuperação de um crédito fiscal.
Excluindo efeitos extraordinários, o Resultado Líquido Recorrente foi de €66.5M, um acréscimo de 4,5% face aos primeiros seis meses de 2015, refletindo a prestação financeira da empresa (+7,1%), sustentada por um menor custo da dívida (recuo de 4% para 3,5%), apesar de um ligeiro aumento de 1,3% da dívida líquida para os €2.526,5M.
Os resultados obtidos nos primeiros seis meses do ano foram ainda penalizados pela manutenção do pagamento da Contribuição Extraordinária sobre o Sector Energético (CESE), estabelecida no orçamento de 2016, que ascendeu a €25,9M.
Apesar de uma melhor prestação dos custos operacionais (€1,4M), que refletem os esforços da empresa com a eficiência operacional e otimização dos recursos, e da recuperação das amortizações e da renumeração dos ativos, o EBITDA no primeiro semestre de 2015 atingiu os €240,2M, uma quebra de 5,5% face ao período homólogo. A penalizar estiveram os ganhos obtidos em 2015 com a venda da participação da REN na Enagás (impacto positivo de €20,1M no EBITDA de 2015).
A base de ativos regulada (RAB médio) teve um decréscimo de 1% para €3.522,8M, enquanto as transferências para exploração totalizaram €11,7M e o CAPEX foi de €37,6M no mesmo período.
Em maio deste ano, a REN anunciou a recompra de obrigações próprias até €700M e o subsequente lançamento de uma nova emissão obrigacionista de €550M, com uma maturidade de 7 anos. No mês seguinte, os termos do financiamento garantido pelo Bank of China à REN foram estendidos até 20121, tendo também aumentado o teto máximo para utilização para os €250M.
Operacionalmente, durante o primeiro semestre deste ano, 71% da produção nacional teve origem em fontes renováveis, o que contribuiu para que a produção nacional fosse a mais elevada de sempre, impulsionada pelo saldo exportador que foi igualmente o mais elevado de sempre (equivalente a 16% do consumo nacional). Destaque ainda para a chegada ao Terminal de GNL de Sines do primeiro carregamento de gás de xisto, com origem nos EUA, destinado à Europa.