O consumo de energia elétrica recuou 12% em abril, 13,8% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis. É necessário recuar a agosto de 2004 para encontrar um consumo mensal tão baixo como o verificado este mês. No acumulado do ano, a evolução anual é de menos 2,6%, valor que não se altera com correção de temperatura e dias úteis.
No mês de abril, as condições hidrológicas foram favoráveis, com o índice de produtibilidade hidroelétrica a situar-se em 1,17 (média histórica igual a 1), enquanto nas eólicas o índice registou 0,85 (média histórica igual a 1). A produção renovável abasteceu 69% do consumo nacional, a produção não renovável 17%, enquanto os restantes 14% foram abastecidos com energia importada.
Nos primeiros quatro meses do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica situa-se em 0,96 (média histórica igual a 1), enquanto o de produtibilidade eólica registou 0,86 (média histórica igual a 1). Neste período, a produção renovável abasteceu 69% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 35%, eólica com 26%, biomassa com 6% e fotovoltaica com 2%. A produção não renovável abasteceu 28% do consumo, praticamente apenas com gás natural. A produção a carvão que vinha sendo muito reduzida, em abril foi mesmo nula, o que acontece pela primeira vez desde a existência das atuais centrais a carvão de Sines e Pego (desde 1985). Neste período registou-se um saldo importador equivalente a cerca de 2,3% do consumo nacional.
No mercado de gás natural, o consumo nacional registou em abril uma quebra de 26%, com reduções de 13% no segmento convencional e de 66% no segmento de produção de energia elétrica. No período entre janeiro e abril, registou-se um aumento anual de consumo de 6,6%, devido ao comportamento positivo do mercado elétrico no primeiro trimestre. No segmento convencional o consumo caiu 4,1% neste periodo.