O consumo de energia elétrica recuou 13,2% em maio, face ao período homólogo, valor que não se altera com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis. Trata-se de uma contração semelhante à verificada no mês anterior e é o consumo mais baixo para o mês de maio registado desde 2003. A evolução no acumulado do ano é negativa em 4,7%, ou 4,6% com correção de temperatura e dias úteis.
As condições hidrológicas mantiveram-se favoráveis em maio, com o índice de produtibilidade hidroelétrica a situar-se em 1,05 (média histórica igual a 1), ao contrário das eólicas em que o índice de produtibilidade respetivo registou 0,72 (média histórica igual a 1). A produção renovável abasteceu 56% do consumo nacional, a produção não renovável 27%, enquanto os restantes 17% foram abastecidos com energia importada.
No período de janeiro a maio, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se próximo do valor médio, com 0,97 (média histórica igual a 1), enquanto o de produtibilidade eólica registou 0,84 (média histórica igual a 1), que é o valor mais baixo dos registos da REN (desde 2001). No mesmo período, a produção renovável abasteceu 67% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 34%, eólica com 24%, biomassa com 7% e fotovoltaica com 2,3%, apresentando neste último caso, proporcionalmente, o maior crescimento. A produção não renovável abasteceu 28% do consumo, praticamente apenas com gás natural, mantendo o carvão uma produção residual. Neste período registou-se um saldo importador equivalente a cerca de 5% do consumo nacional.
No mercado de gás natural, o consumo nacional acentuou a tendência de queda verificada no mês anterior, com uma variação homóloga negativa de 32%, resultado de uma variação negativa de 28% no segmento convencional e, também, negativa em 40% no segmento de produção de energia elétrica. A redução no segmento convencional tem a influência de grandes consumidores que anteciparam as suas paragens anuais.
No período de janeiro a maio, registou-se uma redução no consumo de 2,1%, com o crescimento de 18% no mercado elétrico a não ser suficiente para compensar a quebra de 8,7% no segmento convencional.