A REN - Redes Energéticas Nacionais, na sua primeira emissão de obrigações verdes, colocou um montante de 300 milhões de euros, com maturidade a oito anos e com uma taxa de juro de 0,5 %, equivalente ao mid swap acrescido de 60 pontos base. A procura pela obrigação foi bastante elevada, cobrindo em mais de cinco vezes a quantidade a emitir.
'Ficamos contentes por termos feito a nossa primeira emissão verde e assim alinharmos as nossas estratégias financeira e de sustentabilidade', afirmou Gonçalo Morais Soares, CFO da REN. 'Quanto aos resultados, demonstram mais uma vez a atratividade da REN nos mercados de capitais, como investimento seguro e com rentabilidade previsível', acrescentou.
Em termos geográficos, a procura chegou essencialmente da Alemanha e França, tendo os investidores portugueses sido responsáveis pelo terceiro maior grupo de interessados. No total da emissão, mais de 60% dos investidores são de cariz verde.
O grupo de bancos responsável pela colocação foi constituído pelo BBVA, CaixaBI, ING, J.P. Morgan, Millennium BCP, Santander e o SMBC, todos atuando na qualidade de 'joint bookrunners'. O ING teve ainda o papel de 'Green Structuring Bank' pela assessoria prestada à REN no âmbito do processo de elaboração do seu 'Green Finance Framework' publicado em fevereiro último.
Esta emissão de obrigações verdes inseriu-se na regular política de financiamento da REN, mantendo o perfil de empresa sólida e de baixo risco, não alterando a sua política financeira conservadora que visa consolidar um perfil de crédito Investment Grade. A REN tem um rating BBB atribuído pela Fitch e pela Standard & Poor's e Baa3 pela Moody's.
A emissão inaugural verde da REN deu assim sequência natural à recente constituição do seu 'Green Finance Framework'. Esta primeira emissão de obrigações verdes por parte da REN reflete o alinhamento da estratégia financeira da empresa com a estratégia de sustentabilidade da empresa, baseada nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) criados em 2015 pelas Nações Unidas, e demonstra o compromisso da empresa com as questões ambientais, sociais e de governança.
A emissão surge dois meses depois de a empresa ter sido certificada pelo Institutional Shareholder Services (ISS-ESG) com o rating Prime, ao considerar que a empresa dá um 'contributo significativo para o atingimento das metas de desenvolvimento sustentável'.