• EBITDA sobe para 521,5M€
• CAPEX atinge os 187,8M€
• Dívida líquida desce 4,4%
• Custos operacionais diminuem 10,4%
O EBITDA subiu 1,9%, o resultado líquido registou um decréscimo de 1,8% face ao período homólogo, e o resultado recorrente teve um aumento muito ligeiro (0,4%). De notar que todos estes números superaram o plano de 2013.
Destaque para o comportamento do EBITDA, que se situou nos 521,5 milhões, e evoluiu positivamente apesar de fortemente penalizado (em 29,3 milhões de euros) pelo recuo da taxa de remuneração dos ativos eléctricos. A perda de receita foi mais do que compensada pela redução dos custos de OPEX, pelo aumento da base de ativos regulados, e ainda pela recuperação de juros devidos à REN desde Abril de 2008, e pela evolução favorável dos juros de desvios tarifários.
O OPEX situou-se nos 110,7M€, menos 12,8M€ do que o ano transacto, e o OPEX Core em 95,3M€, menos 7,3M€.
O CAPEX atingiu 187,8M€, menos 13,2M€ (-6.6%) do que em 2012, reflexo do abrandamento da construção de novas infra-estruturas e dos preços unitários mais baixos consequência da recessão do mercado de construção.
O Resultado Financeiro agravou-se em 6,2M€, atingindo -142,2M€. Esta evolução foi penalizada pela subida da dívida bruta, para assegurar um nível mais elevado de liquidez média. Ainda assim, o custo médio da dívida baixou de 5,7% no final de 2012, para 5,5% em 2013.
Durante 2013, a REN diversificou as suas fontes de financiamento e prolongou a maturidade média da sua dívida, através de um private placement a 7 anos (150M€), duas emissões obrigacionistas (um a 5 anos de 300M€ e outra a 7 anos de 400M€), bem como da assinatura dos contratos com o CDB (400 M€ a 8 anos)e com o ICBC (160 M€ a 5 anos.
O crescimento do EBITDA e a redução da dívida líquida resultaram numa melhoria do rácio D/EBITDA de 4,9x em 2012 para 4,6x em 2013.
Desde Outubro que as três maiores agências de notação financeira reviram o outlook da REN para “estável”. A REN continua a ser a empresa portuguesa com melhor classificação em termos de rating no conjunto daquelas agências.
Na próxima Assembleia Geral, o Conselho de Administração da REN vai propor o pagamento de um dividendo no valor de 17,1 cêntimos por acção.
Para Rui Cartaxo, CEO da REN “o exercício de 2013, que era à partida o mais difícil dos últimos anos, acabou por mostrar a resiliência da empresa em contextos adversos, ao manter a estabilidade dos seus resultados. A valorização da acção, em especial ao longo dos últimos seis meses, é um bom prenúncio para a venda dos últimos 11% do capital”.